Um Passageiro passou mal no avião que fez um desvio de rota, mas ele acabou morrendo no aeroporto

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas não conseguiram chegar a tempo

 

Um avião, que decolou de Buenos Aires, na Argentina, e seguia para a capital espanhola Madri, precisou desviar a rota e pousar no Aeroporto de Natal, no Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira (7/3), após um passageiro espanhol passar mal. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas não conseguiram chegar a tempo. O homem de 72 anos não resistiu e morreu.

A Zurich Airport Brasil, que administra o aeroporto, informou que um ambulância estava posicionada no pátio quando o avião pousou. “Tão logo ocorreu o pouso a equipe de socorro do aeroporto realizou o protocolo de atendimento indicado para estes casos, buscando reanimar o passageiro. Mas não houve êxito”, disse a empresa em nota.

Ao g1, o coordenador do Samu Natal, Cláudio Macêdo, disse que o aeroporto tem que ter uma unidade para suporte avançado. “O aeroporto tem que ter uma unidade de suporte avançado lá, dentro da unidade, mas não tinha médico ontem. A UTI do Samu Natal chegou a ir até a entrada do aeroporto mas as pessoas que estavam disseram que o paciente já estava em óbito há mais de vinte minutos”, destacou o coordenador.

A Zurich Airport Brasil afirma, no entanto, que não há exigência de um médico no aeroporto, em razão da categoria do Aeroporto Internacional de Natal. “De acordo com a normativa específica da Anac, a categoria do aeroporto de Natal exige a presença de um técnico de enfermagem e um socorrista”, declarou a administradora em nota.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aeroportos do porte do de Natal têm a obrigação de dispor de ao menos uma ambulância, com tripulação mínima que atenda às normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, devem contar com hospitais e postos de atendimento médico em um raio de 8km do aeroporto, “exceto quando especificamente apontado pela operadora aeroportuária”.

Tentamos contato com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte e aguarda retorno.

Leia a íntegra da nota da Anac:

Dentro das especificações de segurança operacional definidas pelo Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 153, que dispõe sobre as estruturas e planejamento necessário para a operação de aeródromos, um aeródromo de classe III (com capacidade operacional entre 1 e 5 milhões de passageiros por ano, caso do Aeroporto Aluízio Azevedo) tem a obrigação de dispor de ao menos uma ambulância, com tripulação mínima que atenda às normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Também é importante esclarecer que o regulamento estabelece ainda que aeródromos desta classe devem contar com hospitais e postos de atendimento médico disponíveis na localidade para atendimento a feridos provenientes de emergências aeroportuárias em um raio de 8 km do aeroporto, exceto quando especificamente apontado pela operadora aeroportuária.

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