O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a Polícia Militar, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Receita Federal, deflagrou a Operação Fim da Linha.

Esta operação, seguindo os passos da Operação Sharks, tem como objetivo desmantelar duas organizações criminosas que utilizam as empresas de ônibus Upbus e TW para lavar recursos ilícitos provenientes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Esses recursos têm origem em atividades como tráfico de drogas, roubos e outros delitos.

As duas empresas são responsáveis pelo transporte de quase 700 mil passageiros diariamente na maior cidade do país e receberam mais de R$ 800 milhões em remuneração da Prefeitura de São Paulo ao longo de 2023.

A operação está sendo conduzida com o cumprimento de quatro mandados de prisão e 52 mandados de busca e apreensão, emitidos pela 1ª e pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. Essas ações têm o objetivo de subsidiar a investigação do MPSP, que visa, ao final do processo judicial, condenar os 29 envolvidos no esquema à prisão. A Justiça também já determinou o bloqueio de mais de R$ 600 milhões em patrimônio como garantia para o pagamento a título de dano moral coletivo.

Segundo informações do Ministério Público, a operação mobilizou um total de 64 membros do MPSP, 43 integrantes da Receita Federal, contando com o apoio de 20 viaturas, dois agentes do CADE e um efetivo de 340 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque (1° BPChq, 2° BPChq, 3° BPChq, 4°BPChq, 5° BPChq e RPMon), que utilizaram um total de 106 viaturas. Além disso, agentes do setor de inteligência da PM também foram empregados nesta operação.