Na CAPITAL da violência contra as mulher, o DF registra uma média de 52 ocorrências de violência

A SSP-DF registrou mais de 4,6 mil ocorrências nos três primeiros meses de 2024. Desde 2020, o número vem subindo. A pasta e especialistas afirmam que a alta pode estar ligada ao maior acesso à informação pelas vítimas

 

A violência doméstica e familiar fez, somente nos três primeiros meses deste ano, 4.674 vítimas no Distrito Federal — uma média de 52 casos registrados diariamente — de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). O levantamento mostra que a maioria das ocorrências é de violência moral/psicológica — em que há injúria, difamação, ameaça, perturbação da tranquilidade e stalking, por exemplo. Ainda segundo a SSP-DF, na maior parte dos casos, os diferentes tipos de incidência da violência ocorrem de modo conjunto, ou seja, um registro pode conter mais de um tipo. Por vezes, as agressões evoluem para o feminicídio. Na madrugada de sábado (25/5), Daniella Di Lorena Pelaes, 46 anos, foi assassinada a facadas pelo ex-marido.

O ano passado foi o que teve o maior número de ocorrências dos últimos 14 anos: 19.254. Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar comenta que o incentivo e a ampliação dos canais de denúncia, por meio de campanhas e do desenvolvimento de novas tecnologias que facilitam o registro desses casos, estão diretamente relacionados ao aumento de denúncias previstas na Lei Maria da Penha.

“Para se ter uma ideia, em quase 70% dos casos de feminicídios no ano passado, não havia registro prévio de violência”, observa Sandro Avelar. Neste ano, sete mulheres foram assassinadas nessas condições. “Com os registros, conseguimos dar a essas mulheres acesso aos diversos serviços disponibilizados pelo governo e, sobretudo, garantir mais segurança para que o ciclo de violência não evolua para crimes mais graves”, completa o titular da SSP.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, afirma que a pasta trabalha com uma série de ações de curto, médio e longo prazos, a prevenção da violência de gênero e o apoio às vítimas. “A principal política pública da pasta é o serviço de acolhimento e acompanhamento de mulheres que sofreram violências”, ressalta. “Ao longo desta gestão, foram adotados programas e projetos para garantir o enfrentamento à violência, a autonomia econômica e o acesso à saúde integral das mulheres”, acrescenta.

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