Conheça quem são as influenciadoras presas por divulgar os cigarros eletrônicos com óleo de maconha

Segundo as investigações, elas seriam parte de uma organização suspeita de comprar produto dos EUA

 

Com milhares de seguidores nas redes sociais, Elisa de Araújo Marden, Letícia Susane Correia e Rhaynara Didoff usavam as redes sociais para documentar uma vida de festas, belas paisagens e, segundo a polícia, divulgar o uso de produtos à base de maconhaAs três influencers foram presas nesta quarta-feira (24) em uma operação conjunta das polícias civis do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo as informações das investigações, elas seriam parte de uma organização suspeita de comprar óleo de maconha dos Estados Unidos e trazia, em potes de cera de depilação, o produto para o Brasil. Ao todo, sete pessoas foram presas, carros de luxo foram apreendidos.

Segundo as investigações, a presença das mulheres nas redes sociais era utilizada pelo suposto grupo para atrair cada vez mais o público. Elisa, por exemplo, se descreve como empresária, e chegou a publicar um vídeo onde afirma que o consumo da substância poderia promover uma melhora na vida das pessoas. O conteúdo foi postado em uma conta alternativa, já que Elisa diz ter perdido o acesso a uma conta com mais de 40 mil seguidores.

A polícia afirma que a droga era enviada de Foz do Iguaçu (PR) para a capital paulista, local em que parte do bando manipulava as substâncias para abastecer refis de cigarros eletrônicos e outros suportes. “Misturavam solventes ao óleo de canábis e aromatizantes, informando pelos websites e redes sociais do grupo que estavam vendendo diferentes genéticas de maconha, sendo que, na verdade, misturavam solventes diversos e aromatizantes nas drogas.”

Rhaynara Didoff postava fotos com apologia ao uso da droga, como em uma foto onde afirma que iria fumar maconha durante o natal. Ao fundo, a jovem aparece fumando um cigarro com caraterísticas da droga. Em outra publicação, a influenciadora aparece em várias imagens fumando. O perfil, com mais de 38 mil seguidores, também tem uma referência à maconha, ao conter uma expressão em inglês que se traduz para “chapada”, como é conhecia sensação que a subtância causa dos usuários. Nele, Rhaynara se define como Criadora de “conteúdo canábico”, cantora, produtora audiovisual, social mídia.

A ação da organização acontecia principalmente no ambiente virtual, com o uso de comércio eletrônico, utilizavam-se de números internacionais para o contato com os clientes e uso do aplicativo de mensagens. “Profissionais de TI do Rio de Janeiro eram responsáveis pela construção das plataformas de comércio eletrônico do grupo, colaborando com a lavagem de dinheiro a partir da automatização dos pagamentos e utilização de documentos e dados falsos no contato com a rede bancária”, ressalta os investigadores.

Letícia Susane Correia trocou o nome da conta em uma rede social e privou o conteúdo. Mas, uma imagem obtida pela Record Brasília mostra a jovem consumindo um cigarro, e também marcando um perfil que também tem um nome com referência à substância. “Façam seus pedidos”, diz a conta na biografia.

Letícia marcada perfis com referências ao uso da subtstância(MATERIAL CEDIDO AO R7)

Para os responsáveis pela operação, o grupo se aproveitava do descontrole das redes socais para obter “lucros milionários […] tendo rede de contatos em diversos países e websites e redes sociais reservas, para o caso de queda de algum recurso em virtude da ação policial”.

A apuração da polícia mostrou que parte dos insumos para a construção de produtos para o consumo da droga vinham da China e do Rio de janeiro, de forma personalizada com a logomarca do esquema criminoso. Os chefes da organização moravam em São Paulo e não tinham contato com as substâncias enviadas, já que elas eram distribuídas pelos Correios.

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