Usuários enfrentam problemas com cartões do Passe Livre Estudantil

Estudantes reclamam que os cartões estão queimando ao tentarem passar nos validadores dos ônibus. O DFTrans afirma que uma avaliação técnica será feita para identificar a causa do problema

 

Usuários do Passe Livre Estudantil estão tendo problemas ao tentarem passar os cartões nos validadores de ônibus. A maioria dos estudantes afetados são alunos da Universidade de Brasília (UnB), que ainda não entrou em recesso, e relatam que os cartões param de funcionar sem motivo aparente. De acordo com o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), até o momento, foram identificados 26 cartões que tiveram os chips danificados desde sexta-feira (5/7).

A estudante de direito da UnB Johanny Cássia Cavalcanti Barros, 20 anos, conta que no sábado (6/7) tentou passar o cartão no leitor, mas não houve resposta. “Não acontecia nada, nem apareceu nenhuma mensagem de que estava inválido ou sem saldo”, aponta. Ela lamenta que a situação foi desagradável e constrangedora. “Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Minha sorte foi que na hora tava com uma pessoa e ela me emprestou o dinheiro da passagem. Mas foi horrível e fiquei muito chateada.”

Na segunda-feira (8/7), Johanny, que gasta cerca de R$14 de passagem por dia, foi até um posto de atendimento do DFTrans e recebeu a informação de que seu cartão tinha sido queimado e que precisaria pagar por uma segunda via. “Eu disse que não iria pagar e que o problema era com o aparelho deles. Meu cartão era novinho, tinha menos de dois meses de uso e eu cuido bem dele, não deixo perto de celular, chave e essas coisas”, alega. Inconformada, ela abriu uma reclamação na ouvidoria do DFTrans e aguarda um retorno da pasta.

Em nota, o DFTrans confirmou que a maioria dos casos ocorreu nas linhas que vão da Rodoviária do Plano para a UnB. A pasta afirmou, ainda, que uma avaliação técnica dos validadores dos ônibus será feita para identificar a causa do problema. “Para isso, o DFTrans está reunindo as informações dos usuários, que vão ajudar a identificar quais linhas e quais foram os validadores que danificaram os cartões”, disse no texto.

Murilo Justino da Silva, 23, também foi prejudicado pelo problema. Ele conta que na última quinta-feira (4/7) estava voltando da UnB para casa, em Brazlândia, e quando peguei o primeiro ônibus na W3 norte, tentou usar o cartão, ao aproximar o cartão no leitor apareceu a mensagem de “regravação” e após muitas tentativas conseguiu passar normalmente. “Em Taguatinga quando fui pegar o outro ônibus, o cartão simplesmente não passou. Não exibia mensagem alguma no leitor. A tela só ficava piscando”, relata.

Para o estudante, que gasta mais de de R$17 por dia com passagens de ida e volta, a situação foi constrangedora. “Precisei juntar moedas para conseguir o valor e o cobrador me olhava como se eu estivesse fazendo de propósito. E ele não soube me orientar de forma alguma”, conta.

No mesmo dia ele foi  a um posto do DFTrans em Brazlândia, onde o funcionário disse que o cartão dele estava queimado. “Tive que fazer uma segunda vi. Pensei que foi uma casualidade. Mas descobri que isso também aconteceu com alguns conhecidos meus. Entrei com uma reclamação na ouvidoria, a resposta deles foi fútil, basicamente falando que a culpa do meu cartão estar queimado era minha, mas eu sempre tive cuidado com meu cartão.”

O DFTrans garantiu, ainda, que os prejudicados por esse problema não pagarão pela segunda via do cartão. Caso algum usuário tenha pago pela segunda-via, o valor será ressarcido.

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