Elas valorizam a participação efetiva dos alunos na construção do conhecimento e no desenvolvimento de competências e de habilidades
Cada vez mais instituições acadêmicas estão aderindo aos métodos ativos de ensino-aprendizagem, entre eles o PBL e o TBL, siglas em inglês, respectivamente, para: Aprendizagem Baseada em Problemas e Aprendizagem Baseada em Equipe.
As metodologias ativas são aquelas que valorizam a participação efetiva dos alunos na construção do conhecimento e no desenvolvimento de competências e de habilidades, possibilitando que aprendam no próprio ritmo, tempo e estilo. Nesse modelo, o processo de ensino-aprendizagem é colaborativo e estimula o estudante a ir atrás de informações, favorecendo ambientes de troca.
Vários trabalhos científicos já têm demonstrado nos últimos anos que as aulas passivas, as tradicionais e meramente expositivas, não são potentes o suficiente para garantir um aprendizado sólido do aluno. A saturação no modelo tradicional de aula leva instituições a adotar metodologias ativas de ensino para motivar os estudantes e tornar o processo de ensino e aprendizagem mais significativo.
Ir à escola, ao cursinho ou à faculdade de medicina e ter de ficar sentado em uma carteira, na sala de aula, ouvindo o professor falar e demonstrar conhecimento tem sido cada vez menos animador e estimulante. Nas mais modernas instituições de ensino esta já não é mais a realidade de aprendizagem.
No curso de medicina do Einstein (SP), por exemplo, o método predominante é do aprendizado baseado em equipes. A metodologia envolve o trabalho em grupo — de seis a oito alunos — que uma ou duas semanas antes do encontro presencial com o professor estudam o material encaminhado. Passam por uma avaliação individual, com imediata devolutiva, antes do início da discussão dos casos, em grupo. Logo, há a contextualização do conteúdo e a aplicação dos conceitos.
No cursinho PPAmed (DF) os estudantes se preparam para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares estudando com relevância os assuntos de maior recorrência nos exames e utilizam, entre outros métodos, as abordagens ativas PBL e TBL. Há pelo país instituições aplicando essas metodologias em diferentes níveis. Na Faculdade de Medicina de Marília (Famema), o PBL, por exemplo, já é usado há 20 anos.
Mais do que uma simples transferência de conhecimento, aprender está associado à capacidade de compreender e fazer uso de raciocínio crítico e analítico. Assim sendo, tira-se de cena a memorização para incentivar o desenvolvimento de estruturas cognitivas que facilitam a recuperação de conhecimentos relevantes, quando vierem a ser necessários para a solução de problemas similares, explicam os especialistas.
Cada método tem particularidades, mas, em comum, há o fato de ambos basearem a aprendizagem na resolução de problemas, de transformarem o professor em um tutor, e de priorizarem o trabalho em equipe.