Investigadores coletam provas de crimes como estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Quatro suspeitos estão presos
A Polícia Civil investiga uma série de irregularidades praticadas contra o Consórcio Empresarial de Corumbá III, responsável pela exploração e administração da Usina Hidrelétrica de Corumbá III, localizada em Luziânia. Nesta quarta-feira (3/7) os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, no Guará, em Luizânia e Aparecida de Goiânia, em Goiás, e em Campinas (SP), onde um ex-diretor presidente do consórcio foi preso.
A operação batizada de Espelho d’água visou coletar provas dos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos superfaturavam contratos, realizavam contratações fraudulentas e pagamentos extras para empresas “espelhos”. As investigações apontam que o grupo fechou contratos no valor de até R$7 milhões, entre 2013 e 2014.
O delegado Wisllei Salomão, da Coordenaçao de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), explica que incialmente os desvios eram feitos por meio de empresas de fachadas. “Eles superfaturavam contratos através de empresas espelhos, ou seja, com nome parecido com as que eram contratadas. O gestor de contrato desviava parte do dinheiro para elas e depois fazia um aditivo para pagar a empresa original”, detalhou.
Em seguida, a fraude passou a ser feita com companhias fictícias ou até mesmo inexistentes. “Alguma delas contratavam empresas terceirizadas e faziam parte do serviço. Em um contrato de R$200 mil, por exemplo, a empresa terceirizada fazia o serviço por R$60 mil”, explicou.
As empresas falsas funcionavam em endereços residenciais. A polícia apura o caso desde 2015, quando a empresa do consórcio constatou o desvio.
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