Narcolepsia não é preguiça!

No Dia Mundial de Conscientização da Narcolepsia, distúrbio do sono  crônico que causa sonolência excessiva diurna e que compromete  intensamente o dia a dia das pessoas que sofrem com a doença,  especialistas da Associação Brasileira do Sono alertam a população  sobre a importância de fazer o diagnóstico deste distúrbio, que afeta  cerca de 3 milhões de pessoas no mundo.

De acordo com os especialistas, a doença pode levar mais de dez anos  para ser diagnosticada, isso porque muitas pessoas confundem a  sonolência incontrolável (que se manifesta durante o dia) com preguiça.

“Os sintomas da Narcolepsia variam de pessoa para pessoa, mas na  maioria dos casos a sonolência excessiva diurna é o sintoma mais  comum. Ao aparecer qualquer um desses sinais é importante que seja  feita uma avaliação médica para que se possa fazer o diagnóstico e  iniciar o tratamento. No Brasil, a doença ainda é pouco conhecida e,  por isso, muitas pessoas demoram quase 10 anos para receberem o  diagnóstico”, afirma Dra. Andrea Bacelar, médica neurologista,  presidente da Associação Brasileira do Sono.

“O diagnóstico da narcolepsia é difícil de ser feito, principalmente  se ela começar na infância, ou na adolescência, que é o momento em que  as crianças naturalmente têm sono diurno e tiram soneca durante o dia,  assim como os adolescentes. Esse desafio no diagnóstico faz com que  nós, médicos, sejamos muito precisos na avaliação da sonolência. O  diagnóstico  passa por uma boa avaliação dessa sonolência, o quanto  ela influencia no dia da pessoa, se a mesma apresenta outros sintomas  associados ao sono REM, como a paralisia do sono, alucinações  hipnagógicas, pois todos esses sintomas relacionados ao sono REM  também aparecem nas pessoas com Narcolepsia”, explica a Dra. Letícia  Soster, neurofisiologista e Médica do Sono da Associação Brasileira do  Sono.

Tipos de Narcolepsia:

Existem dois tipos de Narcolepsia: Tipo 1 e Tipo 2.
– Tipo 1 – quando o paciente apresenta níveis baixos de hipocretina,  relato de cataplexia e sonolência excessiva diurna.
– Tipo 2 – quando há sonolência excessiva diurna e geralmente não há  fraqueza muscular desencadeada por emoções. Os sintomas são menos  graves e os níveis de hipocretina são normais.

Tratamento:
Há duas formas de se tratar a Narcolepsia: tratamento comportamental e  tratamento medicamentoso.
Tratamento Comportamental – Baseia-se nas orientações da família e  paciente, com orientações de mudança de hábitos diários e novas  medidas de segurança, como evitar trabalhos em turnos; novas medidas  de higiene do sono com programação de breves cochilos durante o dia  para melhorar o estado de alerta.
Tratamento medicamentoso – para controle dos sintomas mais  incapacitantes, como a sonolência excessiva e a cataplexia.
Para amenização do principal sintoma que é a sonolência excessiva  diurna, as médicas do Sono apontam as seguintes recomendações:
– Tente conhecer como funciona o seu organismo em relação ao sono e  respeite sua necessidade de sono. Cada indivíduo possui a sua.
– Ajuste seus horários de sono. Tente mantê-lo regular.
– Adote as sonecas programadas, elas vão te ajudar a controlar essa  sonolência.
– Opte por uma dieta que contribua para ter menos sono durante o dia.
– Pratique atividades físicas regulares.

Na Cartilha Narcolepsia – Do Diagnóstico ao Tratamento, elaborada  pelos especialistas da Associação Brasileira do Sono ha mais detalhes  sobre o assunto.

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