Ginecologista acusado de abusar sexualmente de pacientes é preso novamente

A prisão foi decretada após a denúncia de três novos casos que aconteceram em Abadiânia. A defesa do médico revelou ao Correio que haverá audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (8/10)

 

O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, 41 anos, foi preso novamente nesta sexta-feira (8/10) em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Ele é suspeito de cometer crimes sexuais contra pacientes durante consultas e também por redes sociais. O médico respondia ao processo em liberdade — cumprindo medidas restritivas — mas foi detido após um novo pedido de prisão por vítimas em Abadiânia.

De acordo com informações do advogado de defesa, Carlos Eduardo Gonçalves Martins, haverá uma audiência de custódia nesta sexta-feira (8/10), às 16h, com o objetivo de revogar o pedido de prisão. “Nicodemos foi preso novamente, mas agora na cidade de Abadiânia, segundo o artigo 215 da Constituição Federal. Porém, vamos ter uma audiência esta tarde”, contou o profissional.

Até o momento, três pessoas denunciaram o médico na cidade. De acordo com o delegado responsável pelo caso em Abadiânia, Rosivaldo Linhares, o acusado foi preso pelo crime previsto no Art.215, violação sexual mediante fraude. Isso significa “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”.

Em Anápolis, Nicodemos recebeu mais de 50 acusações após ter foto divulgada pela Polícia Civil. No Distrito Federal, uma vítima chegou a denunciá-lo na 32ª delegacia de polícia (Samambaia Sul). No Paraná, outra vítima procurou a delegacia, mas o caso foi arquivado. O acusado tem licença para atender nos quatro estados.

Liberdade provisória

Ginecologista e obstetra, Nicodemos Estanislau foi solto na segunda-feira (4/10), após audiência de custódia realizada na sexta-feira (1/10), pois a justiça entendeu que o suspeito não preenchia os requisitos do Artigo 312 do Código de Processo Penal. A prisão preventiva só pode ser decretada como “garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal”.

Mesmo respondendo em liberdade, Nicodemos precisou cumprir algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e horário fixo para estar em casa, além de não poder exercer a profissão e nem sair da cidade.

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