É Carnaval: não deixe de usar camisinha para se prevenir de ISTs

Photo Taken In Germany, Berlin

O uso do preservativo é o único método eficaz para evitar algumas doenças que estão se tornando mais frequentes, como sífilis e Aids

 

A animação nas ruas e o aparecimento de partículas de glitter perdidas por aí anunciam a chegada da maior festa popular do Brasil: mesmo antes da data oficial, já é Carnaval. Uma das maiores preocupações dos especialistas em saúde pública nesta época do ano é a alta nos casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) — sífilis, gonorreia, HIV, clamídias e hepatites costumam aparecer durante e depois do evento conhecido pelo consumo de grandes quantidades de álcool, que pode levar a relações sexuais desprotegidas.

A campanha foi lançada nesse sábado (07/02/2020) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na Rocinha, Rio de Janeiro, e mira a população entre 15 e 29 anos. O preservativo é a única maneira de se prevenir contra as ISTs.

De acordo com o infectologista Werciley Júnior, chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia, o número de ocorrências de ISTs nos hospitais pode aumentar até cinco vezes nesta época do ano. “Há uma popularização principalmente de sífilis. Os números vêm crescendo entre jovens”, afirma o médico. Os dados do Boletim Epidemiológico de Sífilis 2019 mostram que, em 2018, foram notificados 158.051 casos da doença em todo o país.

Segundo Werciley, a principal explicação para o aumento dos casos nesta época é a relutância da população em usar preservativo. “É uma doença de transmissão fácil, e as pessoas só procuram atendimento médico quando têm sintomas, muito tarde, depois de infectar outros sem saber”, completa o especialista.

Para o médico, o jovem ainda acredita nos mitos que envolvem a camisinha e opta por não usá-la. “Precisamos desmitificar o preservativo. Ele não diminui o prazer nem a sensibilidade. É a única maneira de se proteger das ISTs”, diz. Outra informação importante é que todas as maneiras e posições sexuais, independentemente da orientação sexual, podem transmitir doenças.

Procurar um médico após manter relação sexual desprotegida é importante para tratar as infecções (grande parte tem tratamento) e evitar a disseminação da doença. “Sempre que houver sintomas ou suspeitas, procure um especialista para realizar exames específicos”, aconselha o infectologista.

Boca a boca
Há também algumas infecções que são transmitidas pelo contato entre as mucosas, o beijo. Mononucleose e herpes labial são as duas doenças mais comuns com essa maneira de transmissão. Porém, segundo o médico, não há como preveni-las: o ideal seria evitar beijar muitas pessoas para diminuir as chances de contrair os vírus.

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