Demanda por testes para detectar COVID-19 aumenta 240%: entenda as diferenças e eficácia entre os testes disponíveis

Até fevereiro deste ano, dois meses após o prazo estipulado pelo Ministério da Saúde para fazer o teste PCR na população (considerado padrão ouro pelos especialistas), foram feitos 59,8% do total de testes previstos.
Com isto a população precisou arcar com os custos dos próprios. Na Clínica Villela Pedras, com 65 anos de tradição no Rio de Janeiro, o aumento da demanda por testes foi de 240%, em comparação ao mês de fevereiro*
Por mais informações que a população tenha , sempre surgem muitas dúvidas sobre a eficácia e diferentes indicações para detecção da presença ou não do coronavírus no organismo.
Que tal uma pauta para mostrar como cada teste é feito e quando deve ser realizado (estágio da doença)?
Dr. Marcos Villela Pedras Polonia, da clínica Villela Pedras, alerta para os cuidados na hora da escolha dão exames e do local a ser feito, já que estamos com novas cepas e uma aceleração de contaminação.
O especialista ressalta que a opção por testagem em locais abertos (drive-thru), colocam as pessoas em menos risco de contágio e sobre a eficácia de testes nas clínicas, com aprovação pela Anvisa e FDA (Food and Drug Administration- agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA),, como é o caso da clínica Villela Pedras. Ele ainda ressalta a importância de conversar com médico que faz o acompanhamento do paciente, para indicar o exame ideal. “Em caso de suspeita de contaminação, não adie, faça o exame para seguir as recomendações médicas e evitar a transmissão”, finaliza
Demanda por testes para detectar COVID-19 aumenta 240%: entenda as diferenças e eficácia entre os testes disponíveis:
 RT – PCR:
• Considerado “padrão ouro” pelos especialistas;
• Capaz de identificar a presença do coronavírus no organismo (RNA viral);
• Indicado no início da doença (primeira semana).
– Sorológico:
• Capaz de identificar os anticorpos para Covid-19
• Indicado na segunda semana da doença em diante.
“Atualmente no nosso mercado existem 3 tipos mais comuns de testes que podem ser encontrados. O primeiro é o RT-PCR, padrão ouro, muito utilizados em hospitais e já bastante conhecido”, ressalta o Dr. Marcos Villela Pedras Polonia, médico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, especialista em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear
Segundo o especialista, o PCR é um exame caro e de difícil acesso, veio recentemente, aprovado pela ANVISA, o teste do antígeno, uma alternativa muito segura com uma resposta em 15 minutos, também realizado por swab nasal, pode ser feito em pacientes assintomáticos ou aqueles que tem sintomas e sua melhor sensibilidade é a partir do terceiro até o oitavo dia de sintoma.
Como é feito e quando realizar o teste RT-PCR e o Sorológico?
– RT – PCR:
Como é feito?
A partir de secreção respiratória, retirada de SWABs (cotonetes) de nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). Ele verifica a presença do ácido ribonucleico (RNA) viral, material genético do SARS-COV-2.
Quando deve ser realizado?
“A melhor época de identificação dele é a partir do terceiro até o oitavo dia de sintoma, ou então em pacientes assintomáticos”, ressalta o Dr. Marcos Villela Pedras Polonia. Ou seja, o ideal é na primeira semana da doença.
A FioCruz também recomenda fazer esse teste para identificar indivíduos infectados, mas sem sintomas. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunologia, os dias de maior transmissão do vírus são dois dias antes dos sintomas, o próprio dia dos sintomas e dois dias depois.
 
– Sorológico:
Como é feito?
O exame é realizado a partir de uma pequena amostra de sangue e não com secreção nasal.
Quando deve ser realizado?
São feitos a partir da segunda semana, quando a quantidade do vírus diminui e o indivíduo produz anticorpos contra o vírus. Os anticporcorpos IgM (fase aguda da doença) aparecem primeiro, entre o quinto e sétimo dia. Já os  da classe IgG (fase convalescente) surgem após ceca de 10-14 dias após o contágio.
“Neste teste não se vê mais carga viral, ele vê os anticorpos que existem no corpo da pessoa tanto IgM quanto IgG e podem identificar uma possível resposta imunológica à carga viral previamente estabelecida”, indica o médico.
“Os testes (tanto antígeno, quanto PCR e sorológico), apresentam uma excelente eficiência de detecção, entretanto essa eficiência é melhor quando realizado nos momentos corretos. Do terceiro ao oitavo dia, antígeno ou PCR, e a partir do oitavo dia, o teste sorológico é o mais indicado. Isso significa o seguinte: que um teste pode dar negativo, por exemplo, o PCR pode dar negativo com um IgM positivo, isso é um resultado possível de acontecer. Tudo depende do tempo de realização desses exames”, finaliza o Dr. Marcos Villela Pedras Polonia.
Outros testes disponíveis: 
Teste do Antígeno – por swab nasal: 
Como é feito?
O exame é feito por a partir de secreção respiratória, retirada de SWAB nasal (cotonetes), assim como o RT-PCR.
Quando deve ser realizado?
Entre o 2º e o 8º dia de sintomas, sendo indicado especialmente para pacientes sintomáticos. O resultado sai em 15 minutos e o teste a sensibilidade é de 92% a 93%.
“Esse período é quando expressa maior sensibilidade, entretanto, também é um ótimo exame para ser feito em pacientes assintomáticos, para rastreio de pacientes positivos, que não apresentam sintomas. Esse teste de antígeno vem sendo muito utilizado em companhias áreas, antes de jogos de futebol, os próprios jogadores da CBF, na Conmebol, e agora utilizado, mais recentemente, na própria torcida na Europa. Também tem boa sensibilidade em pacientes assintomáticos, explica o Dr Marcos.
Teste de antígeno por saliva
Como é feito?
É uma testagem simples e indolor, com resultado em 15 minutos, feita por meio da coleta da saliva. É o mais recomendado para crianças, por ser menos invasivo que os demais. A sensibilidade não é a mesma do teste do antígeno, porém, o resultado tem veracidade comprovada, com sensibilidade de 81%.
“A sensibilidade de 81% é especificidade de 99%, ou seja, de cada dez pacientes positivos, oito pacientes o exame vai detectar e, desses oito, todos são realmente positivos. Da mesma forma que o resultado negativo, é realmente negativo”, explica o médico. Não é necessário pedido médico e agendamento.
Quando deve ser realizado?
Ele deve ser feito em qualquer necessidade de detecção do vírus. Não tem data ideal.
Sobre o especialista:
Dr. Marcos Villela Pedras Polonia, médico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, especialista em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear.
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