Vice-governador Paco Britto afirma que meta é tornar esse encontro tecnológico o maior do mundo. Evento se realiza pela segunda vez na capital federal
Transformar a capital federal em um lugar de referência em tecnologia, ciência e inovação é uma das bandeiras do GDF. Assim se manifestou o vice-governador Paco Britto, na noite de quarta-feira (19), no estádio Mané Garrincha, durante a abertura da terceira edição da Campus Party de Brasília. Entre as atrações da abertura oficial, os participantes assistiram a um vídeo que simulava a chamada Big Bang (Grande Explosão, teoria científica sobre a origem do universo). O evento é realizado com participação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e reúne, até domingo (23), profissionais e estudantes de diferentes idades com um ponto em comum: o talento e a paixão pela tecnologia, tema a ser largamente compartilhado durante esses quatro dias.
“Brasília é jovem, é tecnológica e está no rumo certo”, declarou o vice-governador. “Ela está bem mais próxima do que se imagina para atingir o objetivo de se tornar o polo central nesse ramo.” Paco Britto falou sobre a importância de incentivar os jovens nas startups (empresas recém-criadas que buscam explorar atividades inovadoras) e reforçou a intenção de tornar a Campus Party de Brasília – esta é a segunda edição local – na maior do mundo.
Destaques
Na oportunidade, o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, disse que, há pouco mais de quatro anos, quando surgiu a ideia de realizar a primeira edição em Brasília, não imaginava que o evento alcançaria tamanha dimensão, superando o de São Paulo em alguns pontos. Farruggia citou um dos destaques da programação da Campus Party – a segunda edição do Fórum Internacional da Educação do Futuro, que visa debater novas práticas educacionais a serem implantadas no Brasil, em consonância com as transformações da sociedade neste século. “No final, um manifesto será enviado ao Ministério da Educação”, anunciou.
O presidente do Instituto Campus Party também destacou outro ponto importante divulgado durante o evento, o projeto Include, que, por meio de parcerias, constrói laboratórios de robótica comunitários. “São destinados aos moradores que não têm oportunidades”, explicou. Atualmente, há dois laboratórios nesse modelo funcionando no Guará e em Santa Maria. “Até o final do ano, serão três novos”, noticiou.
Cultura digital
A Campus Party trata de diversos temas relacionados à cultura digital, como geeks (gíria da língua inglesa usada para definir fãs de tecnologia, jogos eletrônicos, livros, histórias em quadrinhos e séries), empreendedores, gamers, cientistas e outros profissionais e estudantes que participam de encontros nos quais acompanham atividades sobre inovação, ciência, cultura, universo digital e empreendedorismo. O GDF marca presença na programação da Campus Party com os hackatons, eventos que reúnem programadores e desenvolvedores em maratonas com objetivo de criar soluções para determinados desafios.
Também participaram da abertura da III Campus Party o diretor-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor-executivo da USE Telecom, Marcos Costa, respectivos representantes das empresas patrocinadoras do evento; os titulares das secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo; Cultura, Adão Cândido; Turismo, Vanessa Mendonça; Trabalho, João Pedro Ferraz; Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho; Projetos Especiais, Everardo Gueiros; Juventude, Léo Bijos; Mulher, Éricka Filippeli; e representantes dos governos federal, deputados federais e distritais.
Campuseiros
O secretário Gilvan Máximo calcula em cerca de nove mil o número de campuseiros – como são conhecidos os participantes da Campus Party. A expectativa é que o evento reúna mais de 100 mil pessoas, entre participantes do Brasil e de outros países da América do Sul – como Paraguai, Bolívia e Argentina – e também da Europa.
“É a primeira vez que estou participando, e estou gostando bastante”, exaltou o paraense David Siqueira, de 22 anos, um dos campuseiros com os quais o vice-governador Paco Britto conversou enquanto transitava pelas três mil barracas montadas no estádio.
Quem também se mostrou entusiasmado com o evento foi o professor William Antônio, de 35 anos. “É muito bacana!”, resumiu ele, que coordenava uma caravana de alunos do curso de sistema de informação do Instituto Federal de Arinos (MG). Entre esse grupo, quatro estudantes se alistaram para participar do comitê de imprensa.