Depoimento de empregado de empresa terceirizada da mineradora diz que informação constava no Plano de Ação da Barragem de Brumadinho
Funcionários da Vale que trabalhavam na área administrativa da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, ou estavam no refeitório da mineradora na hora do rompimento da barragem, em 25 de janeiro deste ano, tinham apenas um minuto para sair do local.
As estruturas foram atingidas pela lama de rejeitos de minério após o rompimento da barragem, que aconteceu às 12h28, hora em que centenas de funcionários estavam no refeitório da empresa em horário de almoço. Até o momento, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou 246 vítimas e outras 24 pessoas continuam desaparecidas.
A informação foi confirmada por Sérgio Freitas, funcionário da empresa Walm, responsável por elaborar o PAEBM (Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração) da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em depoimento nesta quinta-feira (28) à CPI de Brumadinho na Assembleia de Minas Gerais.
O PAEBM é um documento obrigatório para todas as barragens e que deve incluir uma previsão de possíveis danos em caso de rompimento, além de rotas de fuga e diretrizes para redução do impacto de um eventual desastre.
Segundo Freitas, a partir do documento, é responsabilidade da Vale organizar treinamentos e simulações para avaliar se o tempo de fuga é suficiente para evacuação da área. Caso contrário, é também papel da empresa tomar providências.