Prefeito sem saber o que falar faz associação das enchentes no RS a quantidade de igrejas e ‘centros’

“Não agrada aos olhos de Deus. Será que Deus não está chamando eles a uma responsabilidade?”, disse o prefeito Valdemar Baraúna da Rocha

 

O prefeito de Balneário Barra do Sul (SC), Valdemar Baraúna da Rocha (PP), relacionou as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul ao baixo número de igrejas e a grande quantidade de “centros” — fazendo referência às religiões de matriz africana. As declarações foram dadas em entrevista à radio Litoral FM, no dia 16 de maio.

“O que está acontecendo lá no Rio Grande? É aquela enchente. Mas aí nós fomos ver uma estatística aí, é o estado que menos tem igreja. E lá é centro de, de, de”, diz o prefeito, que é interrompido pelo locutor, que diz: “sim, sim, ok”. Em seguida, Valdemar continua: “Não agrada aos olhos de Deus. Será que Deus não está chamando eles a uma responsabilidade? Lá na frente nós vamos entender”.

Veja a fala do prefeito:

 

Correio tentou contato com o prefeito Valdemar Baraúna da Rocha (PP) e aguarda um posicionamento.

Intolerância reliogiosa investigada

Em Minas Gerais, o Ministério Público denunciou uma mulher de 43 anos que associou a situação de calamidade no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana no dia 5 de maio. O MP interpretou que Michele fez afirmações de ataque às religiões de matriz africanas. “Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando sobre algo que ia acontecer no Rio Grande do Sul, devido à ira de Deus mesmo”, disse a influencer, conforme trecho citado pelo órgão para justificar a denúncia.

Além disso, no Mato Grosso do Sul ocorreu outro caso parecido. O Ministério Público Federal abriu uma notícia de fato para apurar a declaração de um padre que relacionou a tragédia climática vivenciada pelo Rio Grande do Sul à “falta de fé, bruxaria e satanismo”. A denúncia foi feita pelo deputado federal Leonel Guterres Radde (PT-RS), que apontou intolerância religiosa na fala do religioso. O MPF vai investigar a suspeita de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

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