ONG ‘Doutores da Amazônia’ promove lançamento do livro “Levante e Lute” em Brasília

 

Sessão de autógrafos será realizada no dia primeiro de novembro no Shopping Conjunto nacional SDN, CNB, ASA Norte, em Brasília, a partir das 18h
A AUANA Editora e a ONG Doutores da Amazônia anunciaram o lançamento do livro na Capital Federal. Com a presença confirmada dos três autores: Ana Augusta Rocha, jornalista que escreveu o livro a partir das histórias de Caio Machado, ativista e fundador da ONG Doutores da Amazônia, e a fotógrafa Cassandra Cury. A obra será lançada em um evento público com sessão de autógrafos em Brasília.
O livro narra a jornada de mobilizações e busca incansável por justiça social do dentista, ativista e diretor da ONG Doutores da Amazônia, Caio Machado. Em 160 páginas do livro Levante e Lute, a obra destaca a trajetória do ativista pela saúde de povos da floresta de renome internacional, que encontrou seu propósito de vida na Amazônia.
Ao longo de dez anos, a ONG Doutores da Amazônia realizou mais de 60 missões, ultrapassando 500 voluntários envolvidos em atendimentos para mais de 60 povos da Amazônia, com tecnologia médica a territórios isolados. “Nossa meta era levar o melhor padrão de atendimento de saúde a quem quase não tinha acesso. Nos movemos pela crença do ‘não deixe para depois. Levante e lute!'”, conta Caio Machado.
O título do livro foi inspirado na história do surgimento da ONG desde 2015. Escrita por Caio Machado, em parceria com a jornalista Ana Augusta Rocha e fotografias de Cassandra Cury, a publicação traça um panorama do trabalho dos profissionais de saúde e celebra o encontro entre diferentes culturas, que integram seus saberes em nome do bem comum.

Caio Machado em aldeia no Xingu. Foto: Cassandra Cury

A história de fundação da ONG se mescla à vida de Caio, que no auge da juventude, enfrentou uma jornada solitária. Aos 26 anos, o jovem havia abandonado os estudos e não tinha perspectivas. “Até então, eu só havia conseguido terminar o ginásio e ostentava um currículo extenso em confusões e perdas de tempo”, relata. Foi quando recebeu um chamado que foi o chacoalhão que mudaria sua vida. “Acordei e ainda nem era dia. A vida passava como um filme pela minha cabeça. ‘Levante, levante’, uma voz me disse. Bastou um chamado e um despertar espiritual para eu ter forças e mudar”.

Em seis meses, Caio estava formado no Ensino Médio e já prestando vestibular. Escolheu seguir os passos do pai, um cirurgião-dentista renomado. No curso de Odontologia, logo foi chamado para atuar em um projeto de atendimento a comunidades da Amazônia, na região do Baixo Madeira, Rondônia. Seria a primeira vez que aquele rapaz cosmopolita, nascido e criado em São Paulo, iria vivenciar o Brasil profundo.
“Eu entendi, naquela viagem, a potência da floresta — ao longo dos dias, a paisagem entrava em mim e as pessoas me tocavam profundamente com sua simplicidade. Gestos singelos, olhares sinceros: humanidade”.
Doutores da Amazônia
A segunda missão em Rondônia aconteceu entre 2013 e 2014, quando Caio conheceu a maior cheia do Rio Madeira, que submergiu diversas casas, e invadiu o posto de saúde da comunidade, onde ele atuaria como voluntário na missão. “Chegamos em Porto Velho e fomos pegos de surpresa: não era o mesmo lugar que eu conhecia. Assolada por uma grande chuva, a cidade tinha virado um rio por inteiro. Quase não havia terra à vista. Seria impossível chegar ao nosso destino com todos os equipamentos médicos”, relembra.
A elevação do Rio Madeira inundou a área portuária de Porto Velho e interditou a BR-364, isolando as localidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Abunã. Num esforço, o grupo de voluntários retirou os equipamentos odontológicos do posto de saúde, que estava quase destruído pelas águas, e improvisou um centro de atendimento que, durante 15 dias, funcionou dentro de um bar chamado Hollywood, onde centenas de pessoas foram consultadas.
“A mensagem estava dada, pois Holly é sagrada e Wood significa floresta. Assim, em meio a um local realmente sagrado para o Brasil e para o mundo, consagramos a ONG que nascia: a Doutores da Amazónia”, relembra Caio.
A ONG foi fundada em 2015 e, no mesmo ano, mobilizou uma grande equipe de voluntários com médicos, psicólogos e enfermeiros. Em 2016, a ação foi ainda maior e realizou centenas de procedimentos em duas comunidades: no distrito de Nazaré e na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã.
Além do lançamento do livro, o projeto também é composta por um projeto pedagógico com jovens do Povo Kalapalo, no Xingu, que teve início em junho deste ano.
Serviço: Lançamento do Livro “Levante e lute, a história dos Doutores da Amazônia”
Data: 01 de novembro em Brasília, das 18h às 22h

Local: Shopping Conjunto Nacional SDN, CNB, ASA Norte – Brasília / DF
Mais informações podem ser encontradas no site do projeto.
Fotos e vídeos em alta resolução por Cassandra Cury, link.
Sobre Levante e Lute

Levante e Lute é um projeto cultural inspirado na ONG Doutores da Amazônia, liderada pelo Dr. Caio Machado, que há 15 anos tomou para si a missão de levar saúde de primeira qualidade para os povos mais distantes, povos das florestas – indígenas e ribeirinhos da região Amazônica. Essa história dará origem ao livro “Levante e Lute”, que traz um grande ensaio fotográfico de Cassandra Cury. O livro engloba uma ação educativa entre adolescentes de São Paulo e do Xingu MT e fala sobre o encontro entre as culturas, entre os doutores e os pajés, entre os médicos e os raizeiros, além de mostrar como os povos das florestas – indígenas e ribeirinhos, recebem os cuidados para a saúde e integram esses cuidados vindos de fora, com a sua sabedoria, que vem de séculos e séculos de uso das plantas da floresta e do mundo espiritual.

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