Objetivo do documento é ampliar as sanções após a perseguição aos líderes da oposição venezuelana
O Parlamento Europeu condenou a recente repressão do regime de Nicolas Maduro aos líderes da oposição venezuelana, incluindo Roberto Abdul, um dos organizadores das primárias da oposição de 22 de outubro, preso por “traição à pátria”.
Três colaboradores do partido Vente Venezuela, Claudia Macero, Pedro Urruchurtu e Henry Alviárez, têm mandados de prisão emitidos em seus nomes. A líder do partido, María Corina Machado, tem sido constantemente perseguida pelas autoridades desde que foi eleita candidata presidencial da oposição nas primárias de outubro.
“María Corina e seus colaboradores podem contar com o apoio incondicional do Parlamento Europeu para garantir que a democracia retorne à Venezuela em 2024”, comenta o eurodeputado Jordi Cañas, da Espanha.
“O regime de Maduro continua violando os direitos humanos e as liberdades do povo venezuelano, perseguindo líderes políticos e ONGs. A UE deve apoiar firmemente a oposição venezuelana e apoiá-la em sua luta por um futuro melhor e democrático. Isso só pode ser alcançado por meio de eleições livres e justas”, acrescentou a eurodeputada Dita Charanzová, da República Tcheca.
Dos 546 deputados europeus, 497 votaram a favor do texto que condena as ações de Maduro. Isso inclui 114 votos do grupo Socialistas e Democracia (centro-esquerda), 60 votos do bloco Verde (partidos ecologistas), e 12 votos da Esquerda, além dos partidos de direita e extrema-direita.
Os eurodeputados querem que a UE amplie as sanções, inclusive contra funcionários de alto nível, membros das forças de segurança, membros do Supremo Tribunal de Justiça do regime venezuelano.