Mesmo ameaçada de expulsão, Tabata Amaral votará a favor da Previdência

Em vídeo, a deputada do PDT disse que o voto na PEC da reforma da Previdência ”é um voto por consciência” e não será vendido

 

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) respondeu à pressão do partido dizendo que não vai vender o voto e que vai pagar para ver a reação da bancada. O presidente do PDT, Carlos Lupi, ameaçou expulsá-la caso ela vote a favor da reforma da Previdência. Ciro Gomes chegou a ligar para a deputada pedindo que ela reconsiderasse.

Em vídeo publicado no Twitter, Tabata disse que o voto na PEC da reforma da Previdência “é um voto por consciência” e não será vendido. “Não é um voto por dinheiro de emendas. É um voto que segue as minhas convicções e tudo que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão, eu olho para o futuro do país e não para o próximo processo eleitoral”.

 

A parlamentar disse que quem a conhece sabe da luta pelos mais pobres e de sua trajetória. “Hoje, a Previdência tira dinheiro de quem menos tem e transfere para os mais ricos. Ela aumenta a desigualdade em 1/5 e é um impasse para o desenvolvimento do país.”
“Ser de esquerda não pode significar que a gente vai ser contra um projeto que, de fato, pode tornar o brasil mais inclusivo e mais desenvolvido”, complementou Tabata.

Questão fechada

A deputada disse, ainda, que ajudará a dar um primeiro passo (o entendimento é que manterá o voto favorável ao projeto governista). “A reforma que estamos votando não pertence mais ao governo. Ela sofreu diversas alterações feita por este mesmo Congresso. O ‘sim’ que eu digo à reforma não é o sim que eu digo ao governo e não é o ‘não’ a decisões partidárias”.

Além do PDT, o PSB também ameaçou expulsar os dissidentes. Os dois partidos fecharam questão para votar contra a Previdência, mas alguns parlamentares se recusam a seguir a orientação.
A atitude das legendas fez com que diversos deputados fossem à tribuna dizer que o direcionamento é “cercear a liberdade de expressão dos colegas”. Para Silvio Costa Filho (PRB-PE), “isso é um absurdo, o parlamentar deveria ter o direito de exercer seu trabalho com tranquilidade”.
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