Número é 45% maior do que o total de demissões realizadas em 2018. Abandono de cargo é falha recorrente
O Governo do Distrito Federal (GDF) demitiu mais 10 servidores públicos nesta quarta-feira (19/06/2019). Os atos foram assinados pela Controladoria-Geral do DF (CGDF) e publicados no Diário Oficial (DODF). Na quinta-feira passada (13/06/2019), o órgão já havia demitido nove concursados e afastado dois comissionados. Ao longo deste ano, o Palácio do Buriti expulsou 74 servidores até agora. Os desligamentos foram sentenciados por supostas infrações graves dos trabalhadores. Grande parte foi por abandono do cargo.
Existem processos sem andamento, por dois, três e até quatro anos, num total de 142 autos, que devem ter seus julgamentos concluídos até a primeira semana de julho de 2019. Até casos gravíssimos e extremamente sensíveis, envolvendo assédio sexual por parte de professores e servidores de escolas públicas, finalmente foram julgados, depois de anos aguardando decisão.
ALDEMARIO ARAÚJO CASTRO, CONTROLADOR-GERAL DO DF
Abandono
A maior parte dos servidores demitidos nesta quarta-feira deixou o serviço público – abandono de cargo. Infração grave tipificada no artigo 193, inciso I, alínea “a”, da Lei Complementar nº 840/2011. Fazem parte dessa lista três auxiliares de enfermagem, um motorista, um técnico de enfermagem, uma enfermeira, um técnico de apoio às atividades policiais, e professor de Educação Básica.
Junto com eles, a CGDF desligou um médico por outras infrações graves. O profissional teria violado o artigo 192, inciso VI, da mencionada lei, permitindo acesso de pessoas não autorizadas ao sistema do GDF. De acordo com a controladoria, além de apresentar postura desidiosa, desleixada, o servidor teria praticado ato escandaloso ou indevido no exercício da função. Falhas previstas, respectivamente, nos incisos III e IV do artigo 193 da Lei nº 840/2011. A controladoria também acusou o doutor de crime contra a Administração Pública.