Estudo revela desigualdade na distribuição de vacinas contra Covid-19

Reportagem da Revista Piauí mostrou que pobres, negros e pessoas de baixa escolaridade têm proporcionalmente menos acesso aos imunizantes

 

O Brasil ocupa a 73ª posição do ranking mundial de vacinação contra a Covid-19 em relação à proporção da população vacinada. Mesmo dentro do país, alguns locais são mais impactados pela falta de vacinas e pela distribuição desigual do imunizante.

Reportagem da Revista Piauí estimou a proporção de habitantes imunizados em cada bairro dos municípios brasileiros utilizando os microdados do Open Data SUS, que incluem os primeiros cinco dígitos do CEP de cada pessoa vacinada. Os jornalistas encontraram que pobres, negros e pessoas de baixa escolaridade têm proporcionalmente menos acesso às vacinas contra a Covid-19.

Na região do Parque Bom Jesus, na periferia de Goiânia, 2% dos moradores foram vacinados até o dia 25 de março. Nessa região, 70% das pessoas se autodeclaram negras. Já no Setor Marista, no centro da cidade, onde menos de 20% da população é preta e parda, foram vacinados 13% dos habitantes com a primeira dose até a mesma data.

Em outras capitais a situação se repete: na cidade de São Paulo, os distritos mais vacinados têm renda média oito vezes maior e vacinam quatro vezes mais que os distritos menos vacinados. Na cidade do Rio, um morador do Baixo Leblon tem três vezes mais chance de ter recebido a primeira dose da vacina contra Covid que um morador do Vidigal.

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