Ministro do Supremo teria oferecido apoio aos integrantes da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná
O trecho de um diálogo, que teria ocorrido entre o procurador Deltan Dallagnol e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, em 22 de abril de 2016, cita o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Na ocasião, Dallagnol diz que ligou para o magistrado com a finalidade de obter apoio e teve resposta positiva.
A conversa foi divulgada pela rádio BandNews. Na parte publicada, Dallagol diz a Sérgio Moro que ouviu do ministro do Supremo que pode “contar com ele para o que precisar”. No ano passado, portando dois anos após ter ocorrido o contato telefônico, Fux concedeu uma liminar para impedir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder entrevistas durante o cumprimento da pena.
“Fux disse para contarmos com ele para o que precisarmos”, teria dito Dallagnol. Moro, ao saber da notícia respondeu: “In Fux we trust”, que em tradução literal para o Português, significa: em Fux nós confiamos. O conteúdo foi repassado à emissora pelo site The Intercept. A assessoria do STF foi procurada para comentar o caso. No entanto, ainda não obtivemos resposta.
Segundo texto do MPF, que chega a falar em fake news, as mensagens pessoais de trabalho podem ter sido tiradas de contexto. A matéria do Intercept foi dividida em quatro partes. Na publicação, o veículo afirma que não procurou as fontes para obter uma resposta sobre as trocas de mensagem para evitar uma possível ação que impedisse a publicação.
O Intercept também afirma que conseguiu o material antes do suposto ataque ao celular do agora ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. A Polícia Federal investiga o ataque ao celular do ministro. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça confirmou a invasão e o número foi cancelado.
Dalagnol tuitou a nota do MPF. Em duas das postagens ele divulga trechos do texto do órgão. Na última, afirma que o assunto é polêmico e provoca “interpretações equivocadas”. “Como o assunto foi polêmico, gerou algumas interpretações equivocadas. Para esclarecer, o MPF elaborou um documento de perguntas e respostas que explica em detalhes. Compartilhe e ajude a divulgar as informações corretas”, escreveu.