Cada vez mais perto da presidência dos Estados Unidos: Donald Trump teve uma grande vitória em New Hampshire e se aproxima da indicação

Depois de vencer o caucus em Iowa, Donald Trump leva as primárias republicanas de New Hampshire, ao derrotar a ex-embaixadora na ONU Nikki Haley, e soma 62 delegados. Triunfos colocam o magnata mais perto da candidatura à presidência

 

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, confirmou o favoritismo nas pesquisas e conquistou a segunda vitória na corrida à Casa Branca, ao derrotar a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley e obter os 22 delegados nas primárias republicanas de New Hampshire (nordeste) — o candidato que somar a maioria dos 2.249 representantes do partido leva a indicação de candidatura, em julho. Em 15 de janeiro, o magnata ganhou os 40 delegados no caucus de Iowa, o que forçou Ron DeSantis, seu principal adversário, a abandonar a disputa.

Com o triunfo em New Hampshire, Trump ficou mais perto de sacramentar a nomeação. Pela primeira vez na era moderna, um candidato republicano que não ocupa a presidência venceu nas duas primeiras primárias. No entanto, Haley saiu-se melhor do que previam as mais recentes pesquisas, que apontavam uma vantagem de 18 a 20 pontos percentuais para Trump.

Por volta das 22h20 (hora de Brasília), Haley fez um pronunciamento e disse que Trump “mereceu” a vitória, mas descartou renunciar à pré-candidatura. “Quero parabenizar Donald Trump. New Hampshire é a primeira na nação, não a última. Essa batalha está longe do fim. Há dezenas de estados em disputa, e o próximo é o meu doce estado da Carolina do Sul”, declarou. “Bem, eu sou uma guerreira. (…) Votei por Trump duas vezes. Decidi disputar a Casa Branca para deixar o caos e o negativismo para trás. Nossa guerra não acabou, pois temos um país para salvar”, acrescentou.

Advertência

Haley também advertiu os eleitores republicanos que conceder a Trump a nomeação é o mesmo que dar uma vitória para o presidente democrata Joe Biden. As primárias da Carolina do Sul estão agendadas para 24 de fevereiro. No entanto, todas as atenções dos Estados Unidos se voltarão para a Superterça, em 5 de março, quando 16 estados realizarão votações. Na Califórnia, por exemplo, estarão em jogo 169 delegados republicanos e 424 democratas; no Texas, outro estado importante, serão 244 democratas e 161 republicanos.

De acordo com o jornal The Washington Post, os temas que mais motivaram os eleitores a irem às urnas, em New Hampshire, foram a economia e a imigração — três em cada 10 republicanos fizeram menção a esses assuntos. A política externa e o aborto foram os menos citados, por dois em cada 10 eleitores.

Christopher Galdieri — professor de ciência política do Saint Anselm College (em New Hampshire) — afirmou que a boa notícia para Trump é que ele venceu as primárias no estado e deu um passo a mais rumo à nomeação pelo Partido Republicano. “Em um sentido real, uma vitória é uma vitória e sua campanha comemora isso. Mas estou impactado pelo fato de a margem de Trump aqui, em New Hampshire, ter sido mais estreita, em comparação com as pesquisas ou com o desempenho em Iowa”, destacou.

Para Galdieri, New Hampshire é um estado incomum, pois os eleitores independentes têm a permissão de votarem nas primárias. “Haley tirou proveito disso. Mas o resultado, provavelmente, mantém a campanha de Haley viva por um pouco mais tempo. Ela fez uma manobra inteligente, ao usar seu pronunciamento desta noite para reformular sua candidatura a uma audiência nacional. Acho que Trump é favorito, mas Haley tentará conquistar os delegados em algumas das próximas primárias”, avaliou.

Historiador político da American University (em Washington), Allan Lichtman considerava as chances de Haley praticamente nulas antes mesmo das primárias de New Hampshire. A desistência de Ron DeSantis, governador da Flórida, no último domingo, e a decisão dele de endossar Trump praticamente minaram as possibilidades da ex-embaixadora da ONU, segundo o estudioso. “Francamente, a única chance de Haley obter a indicação republicana é se Trump for julgado e condenado por delitos graves. Os republicanos teriam que decidir que não podem apoiar um candidato condenado, e a convenção nacional do partido se mover em outra direção, ainda que Trump tivesse a maioria dos delegados. Essa perspectiva sombria para o ex-presidente explica o motivo pelo qual ele tenta adiar a todo o custo seus julgamentos”, disse Lichtman

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