Acusado de tráfico, servidor do Senado é afastado de diretoria

Um dia após se entregar à polícia, Rodrigo Ramos foi remanejado para o Núcleo de Servidores Afastados da Casa

 

m dia após se entregar à polícia, o servidor do Senado Federal Rodrigo Santos Ramos (foto em destaque) foi dispensado do cargo de assessor técnico da Diretoria-Geral da Casa. O departamento é responsável por contrato de terceirizados no valor de R$ 51 milhões. Portaria de nº 7143, do dia 4 de julho de 2019, transferiu o funcionário para o Núcleo de Servidores Afastados (NSASF).

Investigado por suposto envolvimento com o tráfico de drogas, Rodrigo Ramos se entregou à Polícia Civil do Distrito Federal na noite do dia 3 de julho. Ele era lotado na Assessoria Técnica da Diretoria-Geral desde fevereiro de 2019. Teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por não ter aparecido para prestar depoimento na Coordenação de Repressão às Drogas (Cord).

De acordo com o Portal da Transparência, o analista legislativo recebe remuneração mensal de R$ 28 mil. Segundo a PCDF, Ramos e o servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Ribeiro Pereira, 32, faturavam alto com a venda de uma espécie de maconha gourmet, geneticamente modificada e com alto poder alucinógeno.

A Cord apurou que boa parte da clientela dos suspeitos era formada por funcionários públicos dos dois órgãos federais. Eles foram alvo de operação da unidade especializada, deflagrada no dia 19 de junho. A PCDF prendeu Lucas Pereira em flagrante e o transferiu para o Complexo Penitenciário da Papuda. Rodrigo Ramos não havia sido localizado em casa no dia da ação – ele alegou estar de licença-capacitação remunerada.

Em nota, a defesa de Rodrigo Santos disse que o cliente se apresentou voluntariamente e que “não empreendeu fuga ou realizou qualquer tentativa de obstar a investigação”. No documento, os advogados Thiago Turbay e João Paulo Boaventura defenderam a inocência do servidor do Senado. “Não há nos autos qualquer referência à venda e comercialização de drogas por parte dos investigados, o que foi atestado pelo próprio delegado que conduz a investigação.”

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