A responsabilização das redes sociais por fake news já tem o apoio de Oito em cada dez eleitores

Dados são de levantamento do Instituto DataSenado; maioria considera o controle das fake news na internet ‘muito importante’

 

Uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado revelou que 81% dos eleitores acreditam que as redes sociais devem ser responsáveis por impedir a divulgação de notícias falsas. Quase oito em cada dez brasileiros (78%) avaliam como “muito importante” o controle das fake news nas redes sociais para garantir uma disputa eleitoral justa. Além disso, 81% dos entrevistados respondeu que a disseminação de notícias falsas pode afetar “muito” os resultados eleitorais.

A pesquisa, realizada entre 5 e 28 de junho, teve o objetivo de fornecer dados para comissões e parlamentares. Foram entrevistados por telefone 21.808 cidadãos com 16 anos ou mais. A pesquisa foi divulgada no dia 19 de agosto.

Apesar de reconhecerem que as fake news são prejudiciais para as eleições, a maioria dos entrevistados (50%) acha difícil identificar quais notícias são falsas nas redes sociais. Por outro lado, 46% afirmam que conseguem distinguir facilmente as fake news na internet.

Quando questionados sobre os motivos para a disseminação das chamadas fake news, 31% acreditam que quem compartilha esse tipo de conteúdo faz para influenciar a opinião dos outros, enquanto 30% acham que as fake news são compartilhadas por falta de conhecimento sobre a autenticidade das informações. Para 81% dos entrevistados, a disseminação de notícias falsas pode afetar muito os resultados eleitorais.

O estudo também abordou a polarização política. Entre os entrevistados, 29% se identificaram como de direita e 15% como de esquerda. A maioria, no entanto, 40%, não se alinham a nenhuma das principais correntes políticas, e 11% se consideram de centro.

A polarização também pode influenciar a percepção sobre as redes sociais. Os que se identificam à esquerda são mais favoráveis (95%) à responsabilização das plataformas, em comparação com 65% dos que se identificam à direita. No entanto, a responsabilização das redes sociais recebe amplo apoio de todos os grupos políticos.

Eleições municipais

Para as eleições municipais de outubro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atualizou a resolução sobre propaganda eleitoral, incorporando novas medidas para lidar com a inteligência artificial e a propagação de fake news. As principais mudanças incluem:

  • Proibição de deepfakes (uma técnica que usa inteligência artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos, sincronizar movimentos labiais, expressões, entre outros);
  • Exigência de aviso sobre o uso de inteligência artificial na propaganda eleitoral;
  • Restrição ao uso de robôs para intermediar contato com eleitores, proibindo a simulação de diálogos com candidatos ou outras pessoas;
  • Responsabilização das big techs por remover imediatamente conteúdos com desinformação, discurso de ódio, ideologia nazista e fascista, além de material antidemocrático, racista e homofóbico.

No início do mês, o tribunal também lançou o Disque-Denúncia “1491″ para denúncias de desinformação durante as eleições. Além disso, a Polícia Federal também lançou um painel com informações sobre investigações criminais em andamento no país, com um espaço para crimes eleitorais.

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