Um Senador quer proibir os patrocínios de casas de apostas no futebol

“Nós temos que tomar medidas com a questão de patrocínio nas camisas, isso tudo gera conflito de interesse”, diz o senador Eduardo Girão

 

É consenso no Congresso que o depoimento de John Texor na CPI da manipulação de resultados, no Senado Federal, pode não ter trazido provas concretas, mas mostrou evidências que podem ensejar uma profunda investigação.

E, dentre as consequências que podem atingir o futebol brasileiro, tem a declaração do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que propõe o fim dos patrocínios das casas de apostas em clubes de futebol:

“Nós estamos aqui para proteger o futebol brasileiro, que é um patrimônio do nosso povo. O advento das apostas esportivas me preocupa, eu recebo muitos torcedores que perderam e a médio prazo os clubes vão perder, porque os torcedores vão deixar de pagar. Nós temos que tomar medidas com a questão de patrocínio nas camisas, divulgação, jogadores fazendo propagandas, isso tudo gera conflito de interesse. Não podemos matar a galinha dos ovos de ouro”, disse o parlamentar.

Se a proposta de Eduardo Girão, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro,  prosperar no Congresso, certamente vai provocar uma “quebradeira” geral nos grades clubes brasileiros. Quase toda a Série A depende da grana das apostas; apenas Bragantino, Cuiabá, Grêmio, Inter e Palmeiras não bebem dessa fonte. Somando tudo, chega perto de R$ 500 milhões o tamanho do patrocínio das “Bets” nos grandes clubes.

Os maiores patrocínios do futebol

  • Corinthians – Vai de Bet – R$ 123 milhões.
  • Flamengo – Pixbet – R$ 85 milhões.
  • São Paulo – Superbet – R$ 52 milhões.
  • Fluminense – Superbet – R$ 42 milhões.
  • Botafogo – Parimatch – R$ 27,5 milhões.
  • Cruzeiro – Betfair – 25 milhões.

 

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.