Tente Começar o ano novo sem as suas dívidas antigas alguns especialistas dão dicas: confira

Para que as famílias iniciem o ano novo sem o bolso em risco, especialistas em finanças pessoais indicam planejar os gastos para evitar endividamento

 

Próximo à conclusão de 2023, é preciso ter cuidado com as finanças para comemorar as festividades do período sem começar o novo ano no vermelho. A atenção deve ser redobrada para o brasiliense, pois a capital abriga o segundo maior contingente de endividados no país. Dados do Serasa indicam que, no DF, 1,2 milhão de pessoas se encontram nessa situação liderada, no Brasil, pelo Rio de Janeiro.  Em meio às opções de viagens, festas e confraternizações de família, especialistas em planejamento financeiro recomendam parcimônia na compra de presentes e antecipação na organização orçamento de eventos.

A tradição das festas em família no final do ano precisou ser interrompida na casa de Tatiane Gonçalves, de 49 anos, por culpa da alta nos preços dos mantimentos. “Tudo ficou mais caro, alimentos, roupas, sapatos, até mesmo os enfeites como árvores de natal”, lamenta. Para manter a celebração, o encontro será feito na casa da sogra de Tatiane para poupar gastos. “Se fizer lá em casa, a gente vai gastar muito mais”, afirma.

Ela, que é profissional em faxina, admite não ter o costume de se organizar para os compromissos de consumo que assume na época da virada do ano. Isso tem causado dores de cabeça quando chega a hora de quitar o cartão de crédito. “Ano passado tive problemas porque gastei demais, e tive que correr para pagar as contas”, relata. No final, pagou suas dívidas recorrendo a parcelamentos e renegociações. Porém, considera que essas medidas foram insuficientes para se livrar do endividamento.

Endividados

Mesmo com o registro recente de queda, o número de devedores no DF ainda representa 52,79% da população, de acordo com dados do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas. Para a planejadora financeira Gabriela Vale, as ações de revisão de dívidas não são efetivas para diminuir a quantidade dos que se encontram no vermelho, mas ajudam de maneira pontual.

“Elas são uma oportunidade para aquelas pessoas que querem se organizar. Mas se essa população não se educar financeiramente, não tomar consciência do impacto dos juros no orçamento da família, e não mudar o comportamento a longo prazo, há grandes chances dessa pessoa se endividar novamente”, comenta a economista.

Gabriela defende que a primeira ação para evitar iniciar o novo ano com o bolso comprometido é estabelecer limites. “Não devo simplesmente sair comprando presentes sem saber quanto posso gastar. Por mais que isso pareça básico, nem todo mundo faz essa conta”, alerta. Por isso, é ideal que o 13º salário seja separado para o IPVA, IPTU, materiais didáticos e demais despesas inevitáveis.

No caso de Pedro Gonçalves, 24, filho de Tatiane, esse direito salarial ajudou a adiantar a aquisição dos materiais escolares das três filhas em dezembro, quando os preços estão menores do que costumam ser ao fim das férias escolares em janeiro. Em anos anteriores, ele, que é cuidador de idosos, e sua esposa puderam obtê-los em meses diferentes, de acordo com o calendário escolar de cada uma.

A partir de 2024, no entanto, as duas mais velhas retornam às aulas na mesma época e, assim, o gasto aumenta. “Agora estamos sentindo mais o baque porque, no início do ano, temos dois materiais, duas mochilas de uma vez, tudo dobrado, junto ao gasto com roupas para cada”. O casal tenta balancear, e tem conseguido manter as necessidades das meninas, mas pouco dinheiro sobra.

O consultor financeiro Tiago Torri da Rosa explica que esses índices são consequência do alto custo de vida em Brasília, principalmente pela inflação e o acesso facilitado ao crédito, o que para ele se torna  “uma bola de neve de dívidas” quando utilizada de forma displicente, devido à alta taxa de juros. “Para aqueles que estão em situação de dívida, a melhor forma seria destinar parte do benefício para quitá-la, sempre buscando renegociar e identificar o motivo que a gerou”, aconselha.

IPVA

O pagamento do Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) poderá ser realizado a partir do dia 19 de fevereiro de 2024, em até seis parcelas ou à vista. Se preferir parcelar, cada prestação deve ser igual e com valor acima de R$ 50. As datas de vencimento do IPCA são definidas conforme o algarismo final da placa do veículo.

IPTU

O imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) também pode ser parcelado em seis vezes ou pago em cota única. O vencimento das parcelas começa no dia 13 de maio e segue de acordo com o número da inscrição do imóvel. No mesmo boleto entra a cobrança da Taxa de Limpeza Pública (TLP).

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