O Brasil ganhou mais de 3,6 milhões de novos MEIs em dois anos, apontou o IBGE

Pesquisa do IBGE também mostra que 7 em cada 10 microempreendedores individuais trabalharam no mercado formal durante algum período entre 2009 e 2021

 

Após o período da pandemia, o número de brasileiros que decidiram abrir uma microempresa se expandiu, como indica um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), lançado nesta quarta-feira (4/10). De acordo com os dados das Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais, cerca de 13,2 milhões de pessoas trabalhavam como MEI em 2021. Em 2019, esse número era de 9,6 milhões — o que indica um crescimento de 3,6 milhões em dois anos.

A quantidade de microempreendedores corresponde a 69,7% do total de empresas e demais organizações, além de 19,2% do total de ocupados formais do país, o que já inclui os próprios MEIs. Para o analista da pesquisa, Thiego Ferreira, essa modalidade de trabalho tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. “A maior parte deles está concentrada na Região Sudeste”, destaca.

O número de microempreendedores que possuíam algum empregado, contudo, apresentou queda de 30% durante o período. Enquanto que, em 2019, havia 146,3 mil MEIs com empregados, em 2021, este quantitativo foi reduzido para 104,9 mil. É válido destacar que a legislação atual permite que o MEI empregue apenas um funcionário.

Além disso, praticamente a metade dos MEIs em 2021 atuou no setor de Serviços, com 50,2%. Já o Comércio, que inclui a reparação de veículos automotores e motocicletas, respondeu por 29,3% do total de microempreendedores.

Migração do mercado formal

Outro dado que o IBGE destaca na análise é o de que sete em cada 10 MEIs, que atuavam em 2021, estiveram presentes no mercado formal de trabalho durante algum período nos 12 anos anteriores à época em referência. O total daqueles que iniciaram ou voltaram a ter um vínculo formal com outra empresa, após a abertura de um MEI, equivale a 3,1 milhões de pessoas.

“Esse dado pode sinalizar um perfil de empreendedor que identificou no MEI uma oportunidade de adquirir experiência com a própria empresa para depois entrar no mercado de trabalho, bem como aquele que percebeu os desafios de abrir o próprio negócio e resolveu retornar, concomitantemente com o seu empreendimento, ao mercado de trabalho”, avalia Thiego.

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