E Brasília vai receber no domingo (28/1) a “1ª Marsha Trans do Brasil”

As deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) foram escolhidas como madrinhas da manifestação, que tem o nome em homenagem à ativista trans Marsha P. Johnson

 

Brasília será palco da primeira edição da Marsha Trans Brasil, que ocorre no próximo domingo (28/1), com concentração às 13h, em frente ao Congresso Nacional. A passeata, que é uma iniciativa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), seguirá até o Museu Nacional da República e tem como intuito festejar os 20 anos do Dia da Visibilidade Trans, celebrado anualmente no dia 29 de janeiro.

A grafia de “Marsha” é uma homenagem a ativista trans e artista estadunidense Marsha P. Johnson, ícone do movimento pelos direitos LGBTQIAP+. Marsha é uma mulher trans que teve papel de destaque na revolta de Stonewall, em 1969,que tornou-se um epicentro do levante pelos direitos da comunidade LGBT+ nos Estados Unidos.

A Marsha conta com o apoio do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade e mais de 40 instituições, que juntas, pretendem mobilizar a maior ocupação feita por pessoas trans e travestis já feita no Brasil. Nesta primeira edição, a mobilização tem como madrinhas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), primeiras deputadas federais trans do Brasil.

Pelas redes sociais, Erika Hilton publicou um vídeo com o convite para a marcha. “Recebo com alegria esse convite e venho aqui convidar vocês, aliados, pessoas trans, travestis, transvestigêneros, para se juntar a essa importante iniciativa que celebra os 20 anos de visibilidade, mas também demarca os avanços que tivemos até aqui e os avanços que ainda precisamos construir para uma sociedade melhor, justa e equânime para todos nós. Por isso ocuparemos as ruas, assim como ocupamos durante todo o ano, ocuparemos no dia 28, para lembrar de nossas lutas, para lembrar de nossas vozes, e pra lembrar que nossa resistência está mais firme do que nunca”, disse Erika.

Para a Antra, a visibilidade trans nacional é um marco histórico iniciado em 2004, resultado da atuação da entidade junto ao Ministério da Saúde,quando nasceu a primeira campanha pelos direitos trans e travestis, intitulada “Travestis e Respeito”. “Nossa busca é por um futuro cada vez mais possível, onde a visibilidade trans não seja apenas um lembrete anual, mas uma realidade diária”, reforça Bruna Benevides, secretária de articulação política da Antra.

Caravanas de todos os pontos do país são esperadas na Esplanada dos Ministérios. De acordo com a organização, as principais pautas que serão cobradas na Marsha Trans serão o direito à educação, saúde pública, segurança, memória e acesso à Justiça, além da luta contra o novo RG, que mantém o “nome morto”  junto ao nome social e incluiu o campo “sexo”. Além disso, o movimento cobra cotas para pessoas transsexuais e travestis em universidades e em concursos públicos.

SERVIÇO

1ª Marsha Trans Brasil
28 de janeiro, a partir das 13h
Concentração em frente ao Congresso Nacional para o cortejo que segue até o Museu Nacional
Informações: instagram.com/marshatransbr

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