Nova atualização do Windows não se chamará Windows 12, mas custará dinheiro – entenda

 

O Microsoft Windows ainda é o sistema operacional mais utilizado no mundo – com 80% do mercado de computadores de mesa e laptops em todo o mundo, e fatia ainda maior em mercados como o Brasil, mudanças trazidas ao sistema têm a capacidade de afetar o cotidiano pessoal e profissional de milhões de usuários.

 

Tradicionalmente novas versões do SO ocorriam a cada 5 ou 6 anos, recebiam um novo nome, e eram vendidas e distribuídas como pacotes completos em disquetes, CDs e DVDs – foi assim com versões icônicas como o Windows 98, Windows XP, Windows Vista, Windows 7 e Windows 8. No entanto, para versões mais recentes como o Windows 10, a gigante americana havia decidido manter o mesmo nome e fornecer atualizações trimestrais com novos recursos e alterações. O lançamento do Windows 11 retornou o modelo de lançamentos com nomes próprios e, agora em 2024, há a confirmação de que a próxima versão do sistema não mudará de nome – no entanto, poderá trazer custos inesperados para seus usuários. Confira.

Inteligência artificial: Copilot e serviços em nuvem

 

O lançamento do Windows 11 foi marcado por uma grande divisão entre os usuários – os requisitos elevados para executar o sistema, visual repaginado com mudanças profundas em alguns hábitos de uso do Windows e maior presença de propagandas levantou uma série de críticas entre os internautas, enquanto a adição de novos recursos e conveniências levou muitos usuários a considerarem a nova versão o melhor lançamento da Microsoft. Para ambientes empresariais, a melhoria do sistema de criptografia – como explica a ExpressVPN – promete maior segurança para escritórios e trabalhadores remotos.

 

No entanto, a grande inovação do sistema chegou apenas em atualizações posteriores: o Copilot, serviço de inteligência artificial da Microsoft, está sendo profundamente integrado aos computadores. O serviço já é capaz de realizar pesquisas, organizar documentos, resumir planilhas e emails, entre outras conveniências. Além disso, a Microsoft promete integrar no Paint para geração de ilustrações e imagens, no calendário para atuar como assistente virtual, no pacote Office para criação de documentos, e nos serviços Teams e Skype para ajudar durante reuniões e projetos. Mesclando a infraestrutura em nuvem do Microsoft 365 e os novos recursos de IA de processadores Intel e AMD, a Microsoft promete que usuários passarão a utilizar o Copilot de forma constante e proativa – o sistema fará lembretes importantes, organizará reuniões, criará resumos de aulas gravadas para estudantes, organizará suas pastas entre uma série de novos recursos.

 

No entanto, dados encontrados na versão de testes do sistema confirmam algo temido pelos usuários: o Windows 11 passará a exigir cobranças mensais, com valores distintos dependendo de quais recursos de inteligência artificial o usuário deseja utilizar. Ainda não é possível determinar se a assinatura será conjunta com o pacote Microsoft 365 que atualmente fornece armazenamento na nuvem e a suíte Office, no entanto, aparentemente usuários escolherão uma opção entre três valores mensais ou anuais para ter acesso a todos os recursos do sistema. Usuários gratuitos terão acesso limitado e restrito ao Copilot, e receberão notificações e alertas promocionais, além de anúncios, durante o uso do sistema.

 

O Windows 11 não estará disponível para todos

 

A nova versão do sistema com possíveis pagamentos mensais e maior presença da inteligência artificial não será chamada de Windows 12 e continuará conhecida como Windows 11, com o código de identificação 24H2. No entanto, a atualização exigirá de forma mais agressiva o recurso TPM 2.0 das máquinas – o TPM é um módulo de segurança criptográfica encontrado em processadores e placas-mãe recentes e é uma exigência para rodar o Windows 11, no entanto, muitos usuários foram capazes de atualizar o sistema do Windows 10 para a versão mais recente mesmo sem um módulo ativado. Com a chegada da versão 24H2, no entanto, as medidas de segurança adicionais do sistema impedirão o uso por máquinas antigas sem suporte ao TPM 2.0 – para estes usuários, a Microsoft recomenda o uso do Windows 10, sistema anterior que deixará de receber novos recursos mas continuará obtendo atualizações de segurança e proteção contra vírus até o ano de 2025.

 

O novo sistema de monetização ainda não está disponível e, portanto, não está claro qual será o custo anual do uso do novo sistema, e se descontos serão aplicáveis para os setores educacionais ou empresariais. Alternativas gratuitas como o Ubuntu e Linux Mint podem ser boas opções para computadores antigos ou usuários com poucas exigências da máquina, no entanto, a compatibilidade com programas de bancos, Adobe Creative Cloud e outros softwares proprietários pode ser conturbada. Agora nos resta aguardar para o lançamento oficial do Windows 11 24H2 para conhecer um novo Copilot poderoso e nos adaptar a nova política de monetização do sistema.

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