Rede de academias Bodytech possuí uma iniciativa que visa a proteção a crianças que frequentam lugares de águas abertas
A época de calor em Brasília, e a proximidade com o Verão faz muita gente pensar em frequentar lugares de águas abertas. Mas, ao mesmo tempo em que a diversão proporciona a muitas famílias um momento de descontração, pode trazer riscos, se não forem tomados os devidos cuidados. É por isso que o mês de novembro é conhecido mundialmente como o mês da segurança aquática, para lembrar que esse tipo de cuidado é fundamental para se evitar tragédias durante a diversão em família.
E, quando o assunto é crianças e adolescentes, os dados mostram que o índice de afogamentos entre menores é alto. É o que mostra uma pesquisa do boletim anual da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), que aponta que quatro crianças morrem afogadas diariamente no Brasil, um total de 1.530 ao ano. O estudo ainda aponta que o afogamento é a primeira causa de óbito entre os pequenos de 1 a 4 anos; a segunda entre 5 a 9 anos e terceira causa entre crianças de 10 a 14 anos.
Um fato que chama a atenção no relatório é que 55% das mortes – na faixa de 1 a 9 anos – acontecem em piscinas e espelhos d ‘ água nas residências ou entorno, o que representa um óbito a cada três dias. A ocorrência de afogamentos durante o lazer na piscina é 2 vezes mais frequente do que a queda acidental. Já os maiores de 10 anos são mais acometidos em águas naturais, como praias, rios e represas.
Para evitar que mais casos como este ocorram, uma rede de academias com representação no Distrito Federal vem investindo em um projeto de segurança aquática para menores. É o que explica Marcos Emanuel, profissional de educação física da regional da Bodytech Brasília unidade Asa Norte, que relata o fato de algumas técnicas que são ensinadas aos pequenos, com o intuito de prepará-las para situações adversas de afogamento, como a simulação de quedas propositais de crianças que ficam na beira da piscina , atividades que envolvem invisibilidade no fundo, além do uso de vestimentas do dia a dia, simulando situações de emergência, tudo sob a supervisão de um adulto e como parte do treinamento com os pequenos. “A gente treina alguns casos em que a gente derruba, de fato, a criança dentro da piscina, do lado da borda, de frente, de costas, de todas as formas possíveis em que elas possam cair, com o intuito de elas saberem como voltar. Com isso, a gente trabalha técnicas de controle respiratório, e também para elas terem noção de onde elas estavam, bem como saberem para onde voltarem”, reporta o profissional.
Outra técnica bastante utilizada é a do palmateio, que consiste no preparo para situações de câimbra ou machucados em outras partes do corpo, com a tomada de decisões mais assertivas. “A gente treina também as crianças a procurar um objeto que boia próxima a elas, fazendo com que elas se agarrem, simulando, também, a elas não se agarrarem em outras crianças, pois em situações como esta, na vida real, ao invés de termos apenas uma vítima, teremos duas, e é algo que ninguém quer”,diz Emmanuel.
Para a coordenadora da regional, Daniela Lopes, ressalta que iniciativas como esta são fundamentais para o desenvolvimento das crianças como um todo,além de deixá-las seguras quanto a situações de perigo diante da água. “O projeto faz parte da rede como um todo e é uma das maneiras encontradas para repassar essas informações, elucidando a importância do tema pois, além da natação, pretendemos conscientizar-se com passos simples para prevenir afogamentos”, conclui.
Dicas para se evitar afogamentos com crianças em lugares com águas abertas e fechadas
Fonte:Site Criança segura Brasil |