Dois homens são presos em menos de 48 horas, por ameaças de ataques em Brasília

O governador Ibaneis enalteceu a criação de uma delegacia específica para a investigação desse tipo de crime

 

Dois homens foram presos, em menos de 48 horas, por ameaça de ataque a Brasília. Os dois casos são investigados pela Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV), criada em novembro, após a explosão com bombas no Supremo Tribunal Federal (STF). O governador Ibaneis Rocha (MDB) enalteceu a criação da DPCEV. “Acho que acertei em criar essa delegacia”, disse.

A prisão do suspeito na tarde deste domingo (29/12) ocorreu após a Polícia Civil do DF (PCDF) receber denúncias anônimas, neste sábado (28/12), de que um homem estaria vindo a Brasília com o intuito de cometer atentados violentos.

O trabalho investigativo incluiu monitoramento ininterrupto do suspeito, resultando na interceptação do caminhão no qual ele viajava como caroneiro rumo a Brasília. A operação foi realizada com o suporte estratégico da Divisão de Operações Aéreas da PCDF.

De acordo com informações preliminares, o suspeito, que tem 30 anos, teria manifestado intenções de realizar ataques na capital federal com graves consequências. O investigado encontra-se sob custódia da PCDF e à disposição da Justiça. As investigações continuam, com o objetivo reunir outros elementos relacionados ao caso.

O primeiro caso, ocorrido na manhã deste sábado (28/12), teve início quando o advogado Fabrizio Domingos Costa Ferreira estacionou um Volkswagen Polo em frente ao Quartel do Comando Geral da PMDF, no Setor Policial Sul, e afirmou estar com dispositivos que detonaria as sedes dos comandos da Polícia Militar e da Polícia Federal (PF).

Após as ameaças, a PMDF acionou a Operação Petardo — deflagrada em casos de ameaça com explosivos — para capturar Fabrizio, que havia fugido no veículo em alta velocidade. Policiais do BPChoque/Patamo conseguiram interceptar o carro no Eixo Monumental, na altura do Setor Hoteleiro Norte, nas proximidades do Torre Palace Hotel.

A DPCEV também investiga o caso. O delegado titular da DPCEV, Fabrício Augusto, informou que “os fatos serão apurados. Não houve autuação do conduzido a priori, porque não ficou evidenciado nenhuma situação flagrancial. Entretanto, as investigações serão conduzidas pela DPCEV”, esclareceu. Augusto ressaltou que somente será possível afirmar por quais crimes Fabrizio poderá ser indiciado no andamento das investigações.

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