Caso ocorreu há pouco mais de 1 ano no interior de SP. Até o fim do procedimento, Tayane terá a tatuagem 100% removida
A operadora de caixa Tayane Caldas, que teve o rosto tatuado à força pelo ex-namorado em Taubaté, no interior de São Paulo, há cerca de 1 ano e 3 meses, mostrou o antes e depois das sessões feitas para a remoção da marca que a traumatizou.
A jovem começou as sessões para a retirada da tatuagem com o nome do ex, Gabriel Coelho, dias depois de ser sequestrada por ele a caminho do trabalho. Tayane passou cerca de 24 horas sob posse do homem e foi amarrada, agredida e torturada. Além de ser marcada no rosto, ela ainda foi tatuada na virilha e no peito.
O período de espera entre cada sessão é de 30 a 40 dias. Por isso, a jovem conta que o processo para finalmente perceber que a tatuagem estava clareando foi longo. Enquanto isso, para tentar retomar a vida e esconder o nome daquele que deixou marcas internas e externas nela, Tayane usava maquiagem. Para a vítima, o início do processo para a retirada da tatuagem “foi um alívio”.
Segundo a esteticista Cinthia Diaz, responsável pela remoção da tatuagem, o procedimento pode ser doloroso, mas que sempre aplica uma pomada anestésica para aliviar. A tatuagem feita pelo ex nos seios dela — também com o nome dele — já foi retirada completamente. A da virilha foi 90% removida, e a expectativa é que, depois de mais algumas sessões, a do rosto finalmente também chegue a 100% de remoção.
Em entrevista, a mãe da vítima disse estar aliviada de saber que essas tatuagens não poderão ser mais vistas no corpo da filha. “Não ficaram nem com marca”, disse.
Na época do crime, Gabriel já tinha dois mandados de medida protetiva, que foram descumpridos, e ele foi preso. A reportagem pediu detalhes da condenação do suspeito ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que se limitou a dizer que o processo dele tramita em segredo de Justiça.
Após ficar desaparecida por um dia, Tayane foi encontrada com tatuagens indesejadas que continham o nome do ex-namorado, com quem teve um relacionamento de três anos.
Amarrada e sendo a todo momento ameaçada, a jovem não teve como impedir Gabriel de tatuá-la.
De acordo com a mãe da vítima, Débora Velloso, ele era responsável, carinhoso e parecia se importar com a filha. No entanto, alguns meses depois, mostrou ser ciumento e possessivo.
Tayane tentou terminar por algumas vezes com Gabriel, mas sempre que tentava era ameaçada. Sem suportar a situação, a jovem decidiu pôr um fim na relação, mas foi sequestrada por ele, que decidiu marcá-la para sempre.
“Quando ele terminou de tatuar, disse que era para eu me olhar no espelho e simplesmente falou que eu estava gata”, contou a jovem.
Segundo Débora, todas as vezes que a filha aceitou sair com ele foi por conta de ameaças, já que Gabriel dizia que, caso ela não fosse, iria matar os pais e até o avô da garota. “O próximo passo dele é matá-la”, relatou a mãe na época do crime.
