Saiba mais sobre semelhanças, diferenças e usabilidades dessas tecnologias inovadoras e disruptivas
Com a crescente digitalização, bastante acelerada pela pandemia, ficou cada vez mais comum ouvir termos como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML), também conhecido como aprendizado de máquina. Os recursos, comumente usados por empresas para atendimento e venda, andam famosos entre os usuários – e não é à toa. Cada um é, a seu modo, uma ferramenta ou técnica, que permite a uma máquina reproduzir habilidades similares às dos seres humanos e até mesmo melhor em determinados casos, o que muda todo o jogo do mundo dos negócios.
Ainda que esses sejam termos bem atuais, o conceito de Inteligência Artificial, por exemplo, é bem mais antigo do que parece. O filósofo Aristóteles já previa e almejava a substituição da mão de obra escrava por autômatos, objetos semelhantes à forma humana, dotados de uma certa inteligência e capazes de executar o trabalho braçal. Foi só em 1956, no entanto, em uma conferência de tecnologia, no Dartmouth College, nos EUA, que o termo foi criado de forma explícita.
Entenda as diferenças
Para chegar ao cerne da questão, é necessário entrar em um pequeno dilema, posto que, na prática, toda aprendizagem de máquina é uma inteligência artificial, mas nem toda inteligência artificial é uma aprendizagem de máquina.
A IA é uma área da ciência da computação, capaz de criar um sistema de computador, que pode imitar a inteligência humana. Já a aprendizagem de máquina, por sua vez, é um campo dentro da inteligência artificial, que permite que as máquinas aprendam com dados ou experiências anteriores, sem precisar de programação para determinada tarefa. A aprendizagem dá ao computador a capacidade de aprender por si mesmo, sem precisar que um programador insira novos códigos, com base em modelos de treinamento, para avaliar o seu desempenho e fazer previsões.
Conheça alguns exemplos
Quando pensamos em inteligência artificial e aprendizado de máquina, é comum imaginarmos uma imagem bastante distópica, típica de filmes de ficção científica: um robô humanoide superinteligente. A verdade é que, no mundo fora do entretenimento, essas tecnologias estão alocadas em lugares bem mais cotidianos. Um bom exemplo de Inteligência Artificial pode ser aplicado aos robôs industriais das linhas de montagem: eles possuem a capacidade de monitorar o próprio desempenho e, enquanto fazem esse monitoramento, podem detectar quando uma manutenção é necessária para minimizar o tempo perdido em reparos.
Outro exemplo está no e-commerce, visto que a grande maioria dos sites de comércio eletrônico tem ferramentas de aprendizagem de máquina, que fornecem recomendações com base no seu histórico de busca, para fazer recomendações mais acertadas – é o que conhecemos como algoritmos. Funciona assim: você pesquisa por um celular Moto G9 em uma loja online, por exemplo. Quando você voltar ao site, a página inicial vai mostrar uma lista de smartphones de marca semelhante ou igual e acessórios relacionados ao tema pesquisado.
Vale ressaltar que a IA também é aplicada em larga escala nos assistentes pessoais, como Google Assistant, Siri, Alexa e Cortana. Portanto, quando você abrir seu smartphone, pode se deparar com vários aplicativos, como a Netflix, que usa a aprendizagem de máquina em conjunto com a inteligência artificial, para computar os dados de preferência do usuário e montar um catálogo personalizado com os gostos de cada um.