Vídeo mostra pelo menos sete PMs agredindo ambulante no Brás

De acordo com uma testemunha, vítima de agressão é haitiano que trabalha vendendo tênis no Largo da Concórdia, região central de São Paulo

Um vendedor ambulante é agredido por pelo menos sete policiais militares após se recusar a entregar a sua mercadoria. O caso aconteceu na tarde da última quarta-feira (11), por volta das 16h, na região do Brás, centro de São Paulo.

A reportagem teve acesso às imagens que mostram o homem de camiseta azul sendo agredido pelos policiais, que desferem vários golpes de cassetete. Um grupo de pessoas se reúne e protesta contra a ação.

Uma testemunha, que não quer ser identificada temendo represálias, informou que a vítima é um haitiano que vende tênis na região do Largo da Concórdia. Durante a ação, o homem urinou em si mesmo devido aos golpes, de acordo com o relato da mulher.

Em determinado momento do vídeo, é possível ver quando os policiais militares tentam colocar a vítima, de forma brusca, dentro da viatura, que pertence à 3ª companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar. A mercadoria dele é levada para outro lugar.

O homem, que mesmo na viatura resiste à prisão, é colocado no chão e imobilizado. Uma das pessoas que observa a cena grita “tão enforcando ‘mano’, tão enforcando”. Neste momento, quatro policiais estão ao redor do detido.

Outros dois policiais aparecem na imagem conduzindo um homem de camiseta vermelha à viatura. Não se sabe se ele era ambulante, ou o motivo de ter sido detido.

Ainda conforme as imagens, uma PM, que está próxima à viatura, aponta na direção de um homem de camiseta azul e mochila vermelha, que também grava a cena. Neste instante, a pessoa que grava a imagem que a reportagem teve acesso abaixa o celular.

Quando a câmera foca novamente, é possível ver o homem de camiseta azul e mochila vermelha sendo abordado por dois policiais militares. Um deles, inclusive, aponta a arma em direção ao homem e o conduz para perto das viaturas.

Um homem diz que a PM “tomou o celular do moleque” e questiona se “filmar não pode”. A pessoa que filma, só volta a gravar quando as viaturas deixam o local.

A testemunha disse que toda a movimentação começou a partir de uma briga, entre dois haitianos e a PM. Um deles fugiu e o outro é o que aparece no vídeo sendo agredido.

Ela relata que durante a ação, os policiais perseguiram as pessoas que estavam gravando e ordenaram que elas apagassem as imagens de seus celulares. Uma senhora que não aparece nas imagens, segundo a testemunha, foi levada à delegacia por este motivo.

O Centro de Operações da Polícia Militar informou que não possui chamado para o endereço. A reportagem pediu o posicionamento da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) e da Polícia Militar sobre o caso. No entanto, não houve retorno até esta publicação.

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