Pesquisadores do MIT estão trabalhando em um método para que as mulheres não precisem tomar a pílula todos os dias
Os contraceptivos orais são uma das formas mais populares de controle da natalidade no mundo. Embora o medicamento apresente uma taxa de falha muito pequena – 0,1%, no primeiro ano de uso, e de 6% a 8% em uso habitual, segundo o Ministério da Saúde – sua eficácia depende de ser ingerido todos os dias. Uma pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, da sigla em inglês) pode facilitar a vida das mulheres que desejam evitar gestações com a criação de um anticoncepcional oral para ser tomado apenas uma vez por mês.
De acordo com os pesquisadores, uma das principais vantagens do contraceptivo oral mensal seria reduzir as gestações indesejadas causadas pelo esquecimento da pílula diária.
O novo medicamento permaneceria no estômago por até quatro semanas, liberando gradualmente o contraceptivo no organismo da mulher. Testes preliminares feitos em porcos demonstraram que esse tipo de liberação do medicamento pode atingir a mesma concentração do contraceptivo diário na corrente sanguínea.
Este mesmo sistema de administração de medicamentos em forma de estrela já foi utilizado pelo MIT em pílulas para o tratamento de malária e HIV. Para que a pílula contraceptiva fosse capaz de durar de três a quatro semanas, os pesquisadores tiveram que incorporar materiais mais fortes do que os usados nas versões anteriores, que poderiam sobreviver no ambiente hostil do estômago por até duas semanas.