Universitário acusado de série de estupros no DF também maltratava animais

Gabriel Bogdezevicius foi preso após divulgação de um vídeo em que ele e um amigo colocam lança-perfume para um filhote de cachorro cheirar

 

O universitário de 21 anos, preso nesta quinta-feira (27/8), acusado de cometer uma série de crimes sexuais contra adolescentes no Distrito Federal, já havia estado atrás das grades anteriormente, detido pelos mesmo policiais da 4ª Delegacia de Polícia (Guará). Em 19 de julho deste ano, Gabriel Alves dos Santos Bogdezevicius (foto em destaque) foi levado por investigadores após divulgação de um vídeo no qual ele e um amigo colocam lança-perfume para um filhote de cachorro cheirar.

Na época, a ação, batizada de Belle 2, ocorreu em apoio ao projeto de proteção aos animais Plante Sementes. Gabriel era o tutor do animal e disse aos policiais que havia adotado o filhote duas semanas antes. Os policiais constataram que o cão estava com vermes, desidratado e não havia sido vacinado.

O cachorrinho (foto abaixo) estava com o pelo coberto de cinzas de cigarro e ficava na varanda do apartamento, em local sujo de fezes. O universitário foi indiciado por maus-tratos e respondia ao processo em liberdade até ser preso novamente nesta quinta.

O animal foi apreendido e deixado aos cuidados da fundadora do projeto Plante Sementes. A denominação Belle faz referência a uma cadela americana, da raça Beagle, que ajudou a salvar a vida do dono.

Estupros

Gabriel foi preso novamente acusado de cometer uma série de crimes sexuais contra adolescentes, quase sempre em festas fechadas e encontros de jovens. Ele é investigado pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável, importunação sexual, registro não autorizado de intimidade sexual e de divulgação de cenas de sexo, inclusive com participação de menores.

De acordo com as investigações, Gabriel pertence a uma família de classe média e tem muita popularidade nas redes sociais. Usando sua influência, ele procurava conhecer garotas, a maioria adolescentes ou jovens entre 18 e 20 anos. Ele atuava com o seguinte modus operandi: após conhecer as vítimas, passava a cortejá-las e insistia em encontrá-las pessoalmente, aparecendo na residência da garota sem ser convidado.

“Em seguida, Gabriel insistia em ficar com as vítimas e, em alguns casos, as forçava a beijá-lo e, sem autorização, passava as mãos em suas partes íntimas, como seios, nádegas e vagina”, explicou o delegado-adjunto da 4ªDP, João de Ataliba.

Ao delegado, vítimas relataram que o autor tinha o costume de dar beijos à força em algumas meninas, além de morder o pescoço delas, deixando marcas. “Quando conseguia ficar com a vítima, Gabriel insistia em manter relações sexuais com elas, existindo ao menos um relato de que ele tenha forçado uma menor de idade, mediante violência, a manter conjunção carnal com ele”, ressaltou Ataliba.

Gravações

A investigação ainda aponta que o autor gravou em vídeo a relação sexual que manteve com uma vítima adolescente, de forma clandestina, ou seja, sem o seu conhecimento, e que ele teria divulgado as imagens em redes sociais. A polícia suspeita que Gabriel tenha em seu poder outros vídeos de cunho sexual gravados de forma clandestina.

Na busca realizada na casa dele, os policiais encontraram um vídeo de sexo do autor. Entretanto, aparentemente, foi gravado com autorização da parceira. No imóvel, os policiais encontraram 19 porções de maconha, já fracionadas para difusão ilícita, uma balança de precisão, um papel filme e a quantia de R$ 759.

 

Quando os policiais chegaram a casa, havia um menor de idade e uma jovem de 18 anos. Foram encontradas provas de que Gabriel e o menor estavam vendendo drogas de forma associada.

Diante de tais fatos, foram presos em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico de drogas. Gabriel foi autuado na 4ª DP e o menor, apresentado na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).

Pelos crimes previstos na Lei de Drogas, Gabriel está sujeito a uma pena que pode alcançar os 25 anos de prisão. Por cada crime sexual, ele pode pegar de 1 a 15 anos, dependendo do fato praticado: importunação sexual, estupro, estupro de vulnerável, divulgação de vídeo e registro não autorizado de cena de sexo, entre outros.

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