Trans é atacada e amigos filmam agressão; Polícia Civil busca o homem

Agressão aconteceu na madrugada de quinta-feira (21/10) no Bairro Custódio Pereira, zona Leste de Uberlândia; Polícia já identificou o suspeito

 

A Polícia Civil busca o homem que agrediu uma transexual em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e foi filmado por amigos. O vídeo, que mostra ainda o agressor comemorando e rindo com amigos, viralizou por redes sociais. A vítima disse que não conhece o homem e afirmou se tratar de um crime de ódio.

A agressão aconteceu na madrugada de quinta-feira (21/10) no Bairro Custódio Pereira, zona Leste da cidade. As imagens gravadas mostram o passageiro descendo de um carro e chamando a trans e, em seguida, dá uma rasteira nela sem qualquer justificativa. A trans cai. Depois ele volta correndo para o veículo e foge. Em seguida, entre risadas e gritos, ele comemora a agressão com amigos que também estão no veículo.

Luara Silva contou à reportagem que estavam mais de duas pessoas no carro e que viu o grupo em um posto ali próximo, na Avenida Floriano Peixoto. Ela ainda afirmou que não foi perturbada pelos homens antes da agressão em si.

“Nunca passei por uma situação igual a essa”, disse a vítima. Com o chute e a forma como caiu, um dos tornozelos foi ferido e ficou inchado. Ela ainda perdeu o aparelho celular no mesmo dia.

De acordo com a Polícia Civil, há um suspeito, que será chamado para reconhecimento e, se for o caso, prestar depoimento.

Transfobia

Atualmente Luara trabalha como doméstica durante o dia e faz distribuição de camisinhas em uma atividade social desenvolvida pela ONG Triângulo Trans, pela qual ela responde há oito anos aproximadamente.

Para a vítima, esse foi um crime de transfobia. “Acho que se tratou de um total desrespeito a uma pessoa e também um crime de ódio. Queria saber o motivo, só porque ele não leva a sério minha orientação sexual?”, questionou.

Luara contou que nesta mesma semana uma outra mulher trans foi agredida na cidade de Uberlândia, com ovos sendo jogados contra ela. O rosto da vítima foi machucado.

“Destacamos que tal atitude é incompreensível, colocando-a (Luara) no lugar de qualquer ser humano. (…) Todo ser humano merece ser respeitado e tratado da mesma forma”, diz nota da ONG Triângulo Trans, divulgada na página oficial da entidade.

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