Teatro-filme “Alethea Dreams” estreia na noite de 9 de outubro, com transmissão pela web

 
Todos os ambientes do palco foram dispostos lado a lado para que uma cena tivesse continuidade na outra 
com cortes não convencionais. O teatro-filme desnudado remete ao distanciamento de Brecht.
 
Apresentado pelo Ministério do Turismo e Instituto CCR, a peça aborda questões como crise de identidade e redes sociais.
Durante a temporada haverá debates com mulheres influenciadoras.


“Alethea Dreams” é um espetáculo de teatro-filme dirigido por Jorge Nassarala, com direção de atores de Miwa Yanagizawa, a partir da peça homônima do dramaturgo Rafael Souza-Ribeiro (autor de Gisberta), cuja temática discute identidade e autoaceitação, além de levantar questões pertinentes à sociedade atual, como a reconstrução da própria imagem por parte de indivíduos que se veem obrigados a atender os padrões estabelecidos, muitas vezes por eles próprios. A obra dialoga com o universo da ficção científica e é apresentada como um quebra-cabeça, mostrando diferentes lados das personagens e como as relações sociais são construídas na atualidade. O elenco traz Francine Flach, Henrique Manoel Pinho, Luciana Malavasi, Monique Franco e Sabrina Faerstein.

“Alethea Dreams” estreia nacionalmente no dia 9 de outubro de 2021, sábado, às 20h, com transmissão pelo canal youtube.com/artefranco. Após a estreia, o espetáculo estará disponível On Demand, 24 horas por dia, todos os dias da semana, até 31 de outubro. Acessando o canal já é possível assistir um teaser e imagens dos bastidores das filmagens com depoimentos do elenco e da equipe.

Um teatro-filme desnudado e o efeito do distanciamento brechtiano

“Alethea Dreams” foi filmado no palco de um teatro que virou um grande set de filmagem, com uma estrutura que se assemelha a de uma produção de cinema. A equipe, de aproximadamente 30 integrantes, passou por várias mudanças até atingir o resultado desejado para esse formato novo do teatro-filme. As cenas foram capturadas com câmeras 4k, sendo que uma delas foi utilizada apenas para registrar os bastidores. Para esse novo formato, a escolha foi por uma interpretação mais realista, que contou com a ajuda de Miwa Yanagizawa, na preparação do elenco. O palco do teatro, inspirado pelo filme de Lars Von Trier “Dog Ville”, transformou-se em cenário. Todos os ambientes da história foram dispostos nesse mesmo local, lado a lado, para que uma cena tivesse continuidade na outra com cortes não convencionais.

O desnudamento da cena e a quebra da fantasia, através da revelação de imagens dos equipamentos e da equipe em ação, conduziram a narrativa da montagem final do teatro-filme, reforçando ainda mais que se trata de um novo teatro, mas, ainda assim, teatro. Esse aspecto de desnudamento pode ser comparado com o distanciamento de Brecht no sentido de desconectar o espectador da fantasia, do enredo, e o conectar com a realidade dos bastidores para mostrar que o que está sendo assistido é ficção, mas ao mesmo tempo é real. A história está acontecendo com a personagem, mas poderia estar acontecendo com o espectador.

– Achei muito interessante a proposta de mostrar parte dos bastidores durante as filmagens. Fizemos a captação durante as gravações e só na montagem decidimos onde encaixar esses trechos. Acho que traz um respiro para história, além de mostrar para o público um pouco de como é esse trabalho por trás das câmeras –, comenta o diretor Jorge Nassarala.

Temática da peça será motivo de debates com mulheres influenciadoras

Nos dias 14, 21 e 28 de outubro, às 20h, serão realizadas apresentações especiais, seguidas de debates, considerando as temáticas da peça (autoaceitação, crise de identidade, redes sociais) relacionadas ao universo feminino. Esses debates serão mediados por mulheres influenciadoras para potencializar as discussões entre o público e o elenco da peça.

 
14/10 – Mayte Carvalho, paulistana, autora do best-seller “Persuasão”. Diretora de estratégia de negócios na TBWA Los Angeles (uma das 5 maiores agências de publicidade do mundo), na Califórnia. Vencedora da edição especial de O Aprendiz. Foi eleita top 6 empreendedoras mulheres do Brasil com seu app Beleza de farmácia, que também alcançou o posto de número 1 na AppStore. Conquistou investimento anjo no Sharktank Brasil.
21/10 – Isabel Ramos, trabalha com Educadora Social de Teatro e preparadora corporal no Santuário Nacional de Aparecida. Raquel Carvalho, de Lorena, empresária há 8 anos no ramo da beleza, se especializou na Argentina e Estados Unidos.
28/10 – Kátia Campos, é ativista do movimento da mulher negra e periférica. Bianca Celoto, jornalista, pós-graduada em psicologia e coaching com mais de 13 anos de experiência em comunicação. Sócia-fundadora do Grupo Óh Quem Fala. Ambas são de Sorocaba.


Empreendedorismo feminino

Em um cenário incerto e sem percepção de melhora tão cedo, as atrizes Luciana Malavasi, Monique Franco e Francine Flach se viram obrigadas a pensar em uma alternativa para o projeto. “Alethea Dreams” acaba sendo um registro da capacidade criativa e empresarial deste trio de artistas brasileiras, que arregaçaram as mangas e correram atrás, acreditando que seriam capazes de encontrar um jeito de viabilizar a continuidade do projeto original, interrompido temporariamente pela pandemia. Ainda assim, elas não descartam a volta da produção aos palcos.

 
Sinopse de Alethea Dreams
 
Na trama, uma empresária premiada e bem sucedida recorre a um misterioso experimento para reprogramar a própria identidade na tentativa de sanar sua crise existencial. Ao se olhar no espelho e não se reconhecer, Teresa B (Sabrina Faerstein) decide conhecer um procedimento inusitado que promete transformar a sua vida. É quando vai à Alethea e conhece a Dra. Betina (Luciana Malavasi), que tenta persuadi-la a se submeter ao experimento, ressaltando os benefícios oferecidos a uma mulher cansada da própria imagem, que precisa descansar. A partir daí, se estabelece o envolvimento pelo desenrolar da grande mudança de vida proposta em Alethea. Mas a escolha inusitada se desdobra em consequências irreversíveis, deixando claro que não é só a aparência física que está em jogo.

Serviço

Alethea Dreams
Estreia: 09 de outubro de 2021, sábado, às 20h, com transmissão pela web.
Canal de acesso à transmissão: youtube.com/artefranco
Temporada: Após a estreia, o espetáculo estará disponível On Demand, 24 horas por dia, todos os dias da semana, até 31 de outubro.
Acessibilidade: Haverá uma versão do teatro-filme “Alethea Dreams” com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, intelectual, dislexia e idosos.
Ingressos: Grátis
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Debates públicos: Nos dias 14, 21 e 28 de outubro, às 20h, serão realizadas apresentações especiais seguidas de debates mediados por mulheres influenciadoras, a respeito da temática da obra, com acesso gratuito pelo canal youtube.com/artefranco

Ficha técnica

Texto: Rafael Souza-Ribeiro
Direção e fotografia: Jorge Nassarala
Direção de atores: Miwa Yanagizawa
Elenco: Francine Flach, Henrique Manoel Pinho, Luciana Malavasi, Monique Franco e Sabrina Faerstein
Assistência de direção: Giovanna Padilla
Direção de arte: Claudio Nascimento
Preparação de elenco: Miwa Yanagizawa e Pedro Yudi
Figurino: Tiago Ribeiro
Beleza: Cora Marinho
Cabelo: Josi Rodrigues
Maquiagem: Raquel Rodrigues
Imagens: Jorge Nassarala e Miguel Zisman
Assistente de câmera: Diego Maiques
Edição e sonorização: Bruna Baitelli
Correção de cor: Daniel Cunha
Captação de áudio: Bruno Bussani
Audiodescrição: Nara Monteiro
Produção executiva: André Beck, Francine Flach, Luciana Malavasi e Monique Franco
Assistente de produção: Reinaldo Patricio
Prestação de contas: Alex Nunes
Assessoria de imprensa: Ney Motta
Design Gráfico: Francine Flach
Fotografia: Janderson Pires
Patrocínio: Instituto CCR
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal
Idealização: Fantasia Produções e Atto Marketing

O Instituto CCR: Entidade privada sem fins lucrativos que gerencia o investimento social do Grupo CCR, proporcionando transformação com apoio a projetos via leis de incentivo, campanhas institucionais e por meio dos programas proprietários: o Caminhos para a Cidadania – atendendo mais de 1,3 mil escolas, e o Estrada para a Saúde – presente em seis regiões. O foco do Instituto CCR é em inclusão social por meio de iniciativas de geração de renda, saúde, educação, cultura e esporte. Desde a sua criação em 2014, já foram gerenciados R$ 163 milhões, e, somente em 2020, cerca de 2,5 milhões de pessoas foram impactadas em comunidades de 115 cidades, situadas em trechos de atuação das concessionárias da companhia. Saiba mais em www.institutoccr.com.br

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