A aplicação das técnicas de boiserie não significa criar somente ambientes clássicos. “Além de tudo, esse é um estilo muito versátil“, ressalta a arquiteta. Assim, no que tange às cores, seu formato ou pintura podem definir os rumos de sua estética final. A simples troca de uma paleta mais neutra e clean – normalmente adotadas nos projetos –, para a adoção de tons mais fortes e intensos é capaz de emanar uma aparência totalmente diferente, vibrante e alegre.
Dentro das técnicas, quando a cor é praticada no limite da boiserie, o resultado será um visual mais clássico. No contraponto, quando a pintura avança para dentro do desenho, excedendo o limite da sua linha, o espaço transmite uma essência de modernidade. Porém, para não incorrer no risco de errar, o conselho da profissional: “Quando investimos na mesma cor da parede para a boiserie, obtemos uma decoração mais sofisticada e contemporânea.
Materiais
O ornamento pode ser executado em madeira, gesso, poliestileno, cimento queimado, mármore, MDF ou até mesmo EVA. Nessa ampla lista, madeira e MDF não são as opções mais aconselhadas, uma vez que podem ser acometidos por cupins ou danificados pelo uso de água. Já as boiseries realizadas em gesso, EVA ou poliestileno são as mais utilizadas em função da sua praticidade de manutenção. “Ainda vale considerar que o EVA e o poliestileno apresentam fácil instalação, durabilidade e oferecem preços mais acessíveis“, orienta Gabriela.
Cuidados no antes e depois
Além da contratação de mão de obra especializada, um detalhe valioso antes da execução é a observância com a simetria. “Sem essa análise, a boiserie acaba se tornando problema super evidente. Para não prejudicar, é sempre importante alinhar o desenho com a altura de portas, janelas e objetos decorativos que ajudarão a trazer um horizonte para o olhar”, explica Gabriela.