Semana do Cerrado arrecada duas toneladas de lixo eletrônico

Atividades movimentaram estudantes e o público em geral durante ações de conscientização sobre o meio ambiente

 

O público aceitou o convite da Semana do Cerrado 2019, organizada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e lotou de lixo eletrônico a estação de metarreciclagem da ONG Programando o Futuro. Durante a coleta, realizada no sábado (14), no Parque Ecológico Águas Claras, foram arrecadadas mais de duas toneladas de material. A iniciativa contou com o apoio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Cada item entregue pelo público dava direito a um copo estampado com desenhos inspirados no Cerrado assinados pelos artistas visuais Siron Franco, Ralfe Braga, André Xpto, Mão e Dama. Foram descartados eletrodomésticos, eletroportáteis, celulares, carregadores de bateria, extensões elétricas, transformadores, computador e controles de videogame, entre outros materiais já fora de uso.

O bancário Román Cuattrin: “Pude sentir o alcance da iniciativa ao ver a quantidade de itens que estão sendo trocados pelos copos”

“Pude sentir o alcance da iniciativa ao ver a quantidade de itens que estão sendo trocados pelos copos”, destacou o bancário Román Dario Cuattrin, que saiu de casa com uma televisão, um monitor de tubo, uma impressora, dois modems e um telefone sem fio, além de outros artigos eletrônicos pequenos, motivado pelo que chamou de “eletrônico do bem”.

A estudante Jéssica Castro também compareceu ao evento especialmente para a troca e saiu feliz com o resultado. “Adorei os desenhos dos artistas e saber que os itens que trouxemos vão para uma organização séria”, disse.

A campanha

A Semana do Cerrado, que começou no dia 8 (domingo), teve como objetivo conscientizar a população para a adoção permanente de práticas sustentáveis e contou com uma série de atividades simultâneas em vários pontos da cidade. Promovida no âmbito do projeto CITINova (Planejamento Integrado e Tecnologia para Cidades Sustentáveis), neste ano a semana abordou o tema Cidades sustentáveis.

Além das atividades no Parque Ecológico Águas Claras, o encerramento foi realizado simultaneamente no Jardim Botânico de Brasília e na Praia Norte (antigo Piscinão Lago Norte). No Jardim Botânico, a programação, com feiras e atividades de educação ambiental, contou com a participação do vice-governador, Paco Britto, do secretário do governo do DF, José Humberto Pires, e do secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho. Já na Prainha do Paranoá, o público participou da Semana Lago Limpo, promovida pela Agência Reguladora de Águas (Adasa), com atividades náuticas, realizadas em parceria com a ONG Ocupe o Lago, e outras esportivas (yoga, zumba e fit dance).

Vídeo e exposição

Ainda na agenda do encerramento, foi exibida, no Museu Nacional da República, a videoinstalação Ciclo do Cerrado, do artista Siron Franco. A cúpula do Museu virou uma grande tela para imagens que alertam para os riscos, como as queimadas, e chamam a atenção para as belezas, como as cachoeiras do Cerrado. No final, no gramado do CCBB Brasília, houve a Meditação da Lua Cheia, com o tema Cerrado.

No CCBB, será aberta, nesta terça-feira (17), a exposição Salve meu Cerrado, com desenhos feitos por alunos de escolas públicas atendidas pelo projeto Parque Educador. As telas gigantes, nas quais os estudantes colocaram suas impressões sobre o bioma, foram produzidas durante a Semana do Meio Ambiente.

O projeto Parque Educador, uma parceria entre a Sema, a secretaria de Educação (SEE) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), proporciona aos estudantes o contato com a natureza nas unidades de conservação, promovendo uma educação integral e contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes de seu papel na sociedade.

Atualmente, o projeto acontece nas unidades de conservação Parque Ecológico Águas Claras, Parque Ecológico Saburo Onoyama (Taguatinga), Parque Ecológico e Vivencial do Riacho Fundo, Parque Três Meninas (Samambaia), Parque Ecológico Sucupira e Estação Ecológica de Águas Emendadas (Planaltina).

Programando o Futuro

Fundada há 18 anos por Vilmar Simion e quatro amigos, a ONG Programando o Futuro busca conscientizar a população sobre o descarte correto do lixo eletrônico, apoiando a preservação do meio ambiente. O projeto capacita jovens de comunidades carentes entre 15 e 28 anos com oficinas de formação técnica para recondicionar equipamentos de informática.

“Buscamos tornar o mundo um lugar mais justo, inclusivo e sustentável a partir da apropriação tecnológica para a melhoria de vida das comunidades, promovendo a reciclagem e a destinação correta do lixo eletrônico”, explica Vilmar.

Com informações da Sema

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