William Augusto Nascimento teria dito que estava com problemas pessoais
Foi com uma arma de brinquedo, uma de choque e garrafas com gasolina, que William Augusto Nascimento, de 20 anos, invadiu um ônibus na manhã desta terça-feira (20). Ele foi identificado como sendo o sequestrador que fez 37 reféns no veículo da linha 2520, da viação Galo Branco.
Ao entrar no ônibus, o homem teria dito que era policial. Porém a Polícia Militar informou que ele, na verdade, era um vigilante, morador de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo o comandante do Batalhão de Operação Especiais (Bope), Maurílio Nunes, o sequestrador tinha um perfil psicótico. Ele disse que o homem chegou a pedir dinheiro e apontar uma arma para uma das vítimas.
– Tínhamos psicólogos no local, ele tem perfil psicótico, altos e baixos. Antes, já havia descido do ônibus e apontado para uma vítima – afirmou.
No local do crime, William usou uma máscara similar à utilizada pelo atirador que matou oito pessoas em uma escola de Suzano, no dia 13 de março. A motivação para o crime ainda é desconhecida, mas reféns contaram, que o sequestrador alegou que passava por problemas pessoais, sem detalhar quais seriam. A informação, porém, não foi confirmada pela polícia.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que esteve no local na manhã desta terça, disse que conversou com a família do sequestrador. Segundo ele, um dos parentes de William pediu desculpas pelo acontecido.
– Um dos familiares dele me pediu desculpa. Pediu desculpa a toda a sociedade. A mãe está muito abalada. E nós vamos cuidar da família dele – afirmou.