Rastro – Festival de Cinema Documentário. De 28 a 31 de julho de 2021

Rastro – Festival de Cinema Documentário

De 28 a 31 de julho de 2021

 

Vídeos:

Lupita: https://www.youtube.com/watch?v=atNP0wlJ_t4

Dope is death: https://www.youtube.com/watch?v=ZKTe0VoogUo

  Nũhũ yãg mũ yõg hãm: Essa terra é nossa!: https://www.youtube.com/watch?v=BF4Ody1UdNk

   Finding Sally: https://www.youtube.com/watch?v=4U1BsYVOiZ4

O Rastro – Festival de Cinema Documentário chega à sua segunda edição entre 28 e 31 de julho de 2021 com uma seleção oficial formada por dez documentários do Brasil e do mundo com acesso gratuito durante os quatro dias de Festival. O ensejo de criar uma janela anual para apreciação e discussão do documentário em Brasília fez o festival nascer em 2020 e provocou sua continuidade neste ano, ainda que em versão mais compacta.

O festival foi idealizado e é realizado pela Três Produz, produtora audiovisual independente formada por Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb. Neste ano o Rastro será hospedado pela plataforma de streaming Embaúba Play https://embaubaplay.com/. A parceria com o Rastro é a primeira deste tipo realizada pela plataforma. A programação desta edição vem somar ao respeitável catálogo da distribuidora, que conta com uma vasta filmografia nacional e mundial, em um grande passo para o jovem festival.

“É um importante momento para exibir o Rastro e suas inquietações, com o desafio de trazer novidades ao público. Nesse sentido, acreditamos muito em somar forças”. Conta a diretora-geral Renata Schelb.

A curadoria do festival tem nova formação: As diretoras criativas da Três Produz, Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb, que acumulam experiências em diversas áreas do audiovisual, encabeçam a equipe este ano. Escolhides via edital da primeira edição, que visava selecionar pessoas em início de carreira curatorial, Bruno Victor e Letícia Bispo retornaram ao time e trazem em sua bagagem as experiências enriquecedoras que tiveram desde o ano anterior e muito insumo para as discussões. Completam o grupo o programador do icônico Cinema Dragão do Mar de Fortaleza, Pedro Azevedo.

A equipe de curadoria visionou e discutiu filmes de 45 países espalhados pelos cinco continentes, em busca de um cinema que valesse horas a mais de tela em um momento de estafa geral. O resultado foi uma seleção oficial composta por cinco curtas e cinco longas-metragens brasileiros e estrangeiros, que trazem questões “demasiadamente humanas” e atemporais, como território, identidade e afetos.

A diretora executiva Bethania Maia reflete: “Optamos por realizar esta edição mesmo sem patrocínio por acreditar na importância da continuidade de festivais para formação de público de um cinema não comercial, que provoca ampliação das percepções de mundo e dos conceitos de cinema e documentário. Nosso objetivo é, novamente, que ninguém saia a mesma pessoa de nossas sessões”.

Como atividades paralelas que visam o encontro com o público, haverá uma cerimônia virtual de abertura a ser realizada às 20 horas do dia 28 de julho (quarta) no Instagram @festivalrastro e a transmissão de uma conversa com a curadoria no dia 30 de julho (sexta), também às 20 horas, que irá desaguar em uma web celebração.

Sobre a Três Produz:

Há cinco anos o encontro das produtoras brasilienses Bethania Maia, Rafaella Rezende e Renata Schelb deu vida à Três Produz, uma empresa dedicada ao audiovisual, em flerte constante com outras áreas da produção.

Bethania Maia produz audiovisual para chacoalhar este mundo e, quem sabe, gerar outro. Pesquisa gênero, raça, caminhos, fragmentos. Escreve para manter-se sã. Encontra-se estudante de Artes Visuais na UnB.

Rafaella Rezende é formada em Artes Visuais (UnB), mestranda em Teoria e História da Arte (EBA – UFBA) e produtora cultural. Em seus trabalhos e pesquisas, flerta com as artes visuais e com o cinema.

Renata Schelb é designer de interiores de formação e produtora cultural por inspiração, transitando entre audiovisual e festas em Brasília. Respira criatividade e anseia pelas novidades em projetos na cidade.

Sedentas por novos desafios, criam e executam projetos autorais ou de parceiros: Surge assim uma produtora autônoma e independente na capital do brasil, local de efervescência de conteúdo e criatividade latente.

Sobre a curadoria:

Bethania Maia

 

Bethania Maia produz e programa mostras e festivais desde 2011, valendo destacar sua participação desde a gênese do BIFF – Brasília International Film Festival e da Cinema Urbana – Mostra Internacional de Cinema de Arquitetura, além das edições de estreia do Immersphere Fulldome Festival e Interanima – Festival Internacional de Animação e Interatividade. É produtora executiva de curtas e longas-metragens, além da revista online Verberenas e dirige o Cineclube Farol, projeto itinerante de cinema a céu aberto. Graduanda em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, pesquisa, dentro e fora da academia, raça e gênero. É inevitavelmente escritora. Diretora criativa da Três Produz Filmes e produção cultural, idealizou e codirige o Rastro – Festival de Cinema Documentário.

 

Bruno Victor

 

Formado em Audiovisual pela Universidade de Brasília e mestrando em Multimeios pela Unicamp. Co-dirigiu e co-roteirizou o curta “Afronte”, documentário exibido em Harvard, Festival Internacional de Cinema de Rotterdam e Festival de Havana e premiado com o Coelho de Ouro de melhor curta-metragem no Festival Mix de 2017; Prêmio Saruê e Melhor Montagem da Mostra Câmara Legislativa no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foi assistente de direção do curta-metragem “Lubrina” (lançamento 2022), diretor assistente, assistente de direção e pesquisador do longa “Afeminadas” (lançamento 2022). co dirigiu o longa metragem “Rumo” (lançamento 2022). Ministrou a oficina “O corpo negro LGBT no cinema contemporâneo” na UFRJ (RJ, 2019), no Festival Negritudes Infinitas (CE, 2020) e no Festival No Seu Quadrado (DF, 2020). Foi professor de roteiro pelo programa educativo do Instituto LGBT+ (DF, 2020). Representou o Brasil no documentário “Kreativ durch die krise” para a ZDF TV (Alemanha, 2020), foi curador do Festival de Documentário Rastro (DF, 2020), integrante do comitê de seleção do Festival Mix Brasil (SP, 2020). Integrou o corpo curatorial do concurso de roteiros para o Fade to Black Festival (RS, 2021). co-dirigiu e co-roteirizou o curta-metragem “Pirenopolynda” (lançamento 2022).

 

Letícia Bispo

 

Letícia Bispo é mestranda no Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da UFMG, na linha de pesquisa pragmáticas da imagem. Formada em Comunicação Social com habilitação em Audiovisual na Universidade de Brasília. É crítica, pesquisadora e curadora na área de cinema e audiovisual. É uma das fundadoras e editoras do Verberenas, site que desde 2015 reúne diálogos e críticas de cinema e audiovisual pela perspectiva de mulheres realizadoras; É também uma das curadoras das sessões Verberenas, realizadas em 2021. Foi curadora na 1ª edição do Rastro – Festival de Cinema Documentário, e fez parte da comissão de seleção internacional do 22º FestCurtasBH. Trabalha no Núcleo Técnico de Audiovisual da Faculdade de Comunicação, na Universidade de Brasília. Realizou, como diretora e roteirista, o curta-metragem “O sal dos olhos”, exibido na programação da Mostra Brasília do 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na 1ª Egbé – Mostra de Cinema Negro de Sergipe, entre outras mostras.

 

Pedro Azevedo

 

Mestre em Estudos de Arte pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com linha de pesquisa em curadoria, museologia e crítica de arte. Pedro Azevedo é bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Fortaleza e atua como curador do Cinema do Dragão do Mar desde 2013, onde já programou diversas mostras e festivais. Enquanto crítico, já colaborou com o jornal O Povo nas coberturas dos festivais de Berlim e Cannes, além de ser membro da diretoria da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), por onde já integrou júris em festivais nacionais. Foi autor no livro “Documentário brasileiro: 100 filmes essenciais” e atualmente coordena o projeto de difusão Sessão Abraccine. Também ministrou oficinas de crítica e curadoria para os cursos de cinema da Unifor e da Porto Iracema das Artes, além de ter sido roteirista e apresentador do TV Cine Dragão, programa de debates exibido pela TV Ceará entre 2015 e 2017. Programou a mostra “À Nordeste – Cinema de reinvenção” como parte da exposição “À Nordeste” no Sesc 24 de maio, em São Paulo, e recentemente atuou como curador convidado da mostra “Cinema brasileiro anos 2010: 10 olhares”.

 

Rafaella Rezende

 

Rafaella Rezende tem formação em Artes Visuais pelo Instituto de Artes (UnB) e é mestranda em Teoria e História da Arte na Escola de Belas Artes (UFBA). Paralelamente atua em projetos de cinema e artes visuais, em frentes diretivas de coordenação, produção, produção de cópias e/ou curadoria. Fez a coordenação geral do Brasília Internacional Film Festival – BIFF (2015 e 2016), onde também trabalhou na curadoria das mostras competitivas (2016 e 2018). Coordenação de produção de mostras paralelas do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (2014 e 2016). Curadoria para 11º e 13º Festival de Cinema Europeu (2015 e 2017). Foi co-autora e coordenadora geral do Immersphere – Festival internacional de filmes em fulldome de Brasília (2017); Coordenadora de produção (2016-2018) da galeria de arte Espaço Cultural Marcantonio Vilaça – TCU; Coordenadora de filmes no FICA – 21º Festival Internacional Cinema e Vídeo Ambiental (2020) e atualmente é uma das diretoras do Rastro – Festival de Cinema Documentário (2020 e 2021). Trabalhou em mais de 40 mostras de cinema na capital federal, destacando-se Francis Ford Copolla (produção local – CCBB/2015), O universo de Miyazaki | Otomo | Kon (produção local – Caixa Cultural, 2015), Um outro, eu mesmo – Variações sobre gênero no cinema (produção de cópias – CCBB/2017), Mostra Věra Chytilová: A grande dama do cinema tcheco (produção local – CCBB/2019), Mostra Scorcese (produção local – CCBB/2019), entre outras.

 

Renata Schelb

 

Renata Schelb é CST em Design de Interiores pela Unieuro e atua como produtora cultural e audiovisual desde 2016, na cidade de Brasília. Em 2016 fez parte da equipe de produção do Brasília International Film Festival – BIFF. No ano seguinte, integrou a equipe de produtores do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e do Immersphere – 1o Festival Internacional de Fulldome de Brasília. Foi assistente de produção do curta-metragem “Escola sem sentido”, do longa “Na barriga da baleia”, dos videoclipes de Moara (Peito aberto), Centropia (Sangue nordestino) e YPU (In circles), onde no último projeto assinou produção e produção de objetos de cena. Como produtora executiva, assina também o curta-metragem “Afronte”, projeto premiado em diversos países do mundo e que hoje está disponível em plataformas online. Em 2020, assina a coordenação de produção do Festival No Seu Quadrado, festival inteiramente online e que contou com mais de 230 artistas. Em 2021, assina sua primeira direção de produção do curta-metragem “Pirenopolynda”, com patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura. Atualmente assina a direção-geral do Rastro – Festival de Cinema Documentário, festival de recorte exclusivo em documentário. é também parte da produção do bloco de carnaval Vai com as profanas.

 

Sinopses dos filmes:

Longas:

Sobradinho (Dir. Marília Hughes e Cláudio Marques, 70′, Brasil, 2020)

Das 73 mil pessoas que foram forçadas a abandonar a região de Sobradinho, Dona Pequenita foi a única a retornar. Precioso material de arquivo nos ajuda a contar essa história.

Nũhũ yãg mũ yõg hãm: Essa terra é nossa! (Dir. Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70′, Brasil, 2020)

Antigamente, os brancos não existiam e nós vivíamos caçando com os nossos

espíritos Yãmĩyxop. Mas os brancos vieram, derrubaram as matas, secaram os rios e espantaram os bichos para longe. Hoje, as nossas árvores compridas acabaram, os brancos nos cercaram e a nossa terra é pequenininha. Mas os nossos Yãmĩyxop são muito fortes e nos ensinaram as histórias e os cantos dos antigos que andaram por aqui.

A flecha e a farda (Dir. Miguel Antunes Ramos, 85′, Brasil, 2020)

Cinquenta anos depois de sua feitura, reaparece a filmagem da formatura da primeira e única turma da guarda rural indígena. Em 1970, oitenta indígenas marcharam fardados, no pátio de uma delegacia, para a cúpula do regime militar. Cinquenta anos depois, o filme busca estes guardas – seus corpos, suas histórias, suas memórias.

Finding Sally (Dir. Tama Dawit, 78′, Canadá, 2020)

Finding Sally conta a história de uma estudante de classe alta que se tornou rebelde comunista com o partido revolucionário do povo etíope. Idealista e apaixonada, Sally se deixou levar pelo fervor revolucionário de seu país e foi parar na lista dos mais procurados do governo militar, indo viver na clandestinidade e perdendo contato com sua família.

Dope is death (Dir. Dr. Mutulo Shakur, 82′, Canadá, 2020)

Dope is death conta a história de como o Dr. Mutulu Shakur, padrasto de Tupac Shakur, junto com os Panteras Negras e os jovens lordes combinaram saúde da comunidade com política radical para criar o primeiro programa de desintoxicação por acupuntura nos EUA em 1973 – um projeto visionário que acabou sendo considerado também perigoso.

Curtas:

Videomemoria (Dir. Aiano Bemfica, Pedro Maia de Brito, 23, Brasil, 2020)

O tempo passa como um cigarro fumado a noite

quando através de sua fumaça vejo

cada imagem daqueles dias que ainda lembro

para sorrindo chorar nossas glórias

Pele manchada (Dir. Victor Mota, 6′, Brasil, 2020)

Decidi visitar a casa da minha vó na quarentena.

Plowing the stars (Dir. Wally Fall, 14′, Guadalupe, 2020)

A caminho de encontrar seu pai, uma mulher reflete sobre sua vida. Durante a jornada, o país lhe parece vazio e, aos poucos, lembranças de vidas passadas retornam a ela. Seriam memórias reais ou apenas sonhos?

Lupita (Dir. Monica Wise, 21′, EUA/México, 2020)

Lupita, uma mulher tsotsil maya e sobrevivente de um massacre, torna-se porta-voz de seu povo em um movimento indígena mexicano liderado por mulheres.

Land that rises and descends (Dir. Moona Pennanen, 21´, Finlândia, 2020)

O filme começa com uma pesquisa sobre o repositório mitológico da Finlândia: O arquipélago Kvarken. A geografia moldou as comunidades humanas e animais que vivem lá. Uma das maneiras pelas quais os habitantes de Kvarken tentaram controlar e se conectar com seus arredores é participando de rituais antigos. Em última análise, o filme é sobre as maneiras pelas quais humanos e animais tentaram encontrar consolo em seu entorno contra as ameaças existenciais e físicas.

 

Serviço: Rastro – Festival de Cinema Documentário

Data: De 28 a 31 de julho de 2021

Abertura: 28 de julho às 20 horas

Debate com a curadoria: 30 de julho às 20 horas

Para assistir: https://embaubaplay.com/

Todos os filmes têm acesso liberado durante os quatro dias de exibição do Festival

Site: www.festivalrastro.com

Instagram: @festivalrastro

Facebook: https://www.facebook.com/festivalrastro/

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