Projetos prioritários do GDF são apresentados ao Banco KfW

Vice-governador Paco Britto e secretariado recebem grupo no Buriti

Sob o comando do vice-governador Paco Britto, os secretários das áreas econômicas estiveram em reunião, na tarde desta quarta-feira (5), com representantes do banco de fomento KfW (Kreditanstalt für Wiederaufbau), onde foram apresentados projetos que são prioritários do Governo do Distrito Federal e estão na linha de atuação do banco.

O cardápio de projetos nas áreas de energia, mobilidade, transporte e meio ambiente foi apresentado ao diretor da KfW em Brasília, Martin Schroeder, com possibilidades de financiamentos pelo banco. Ficou acertado, de acordo com determinação do vice-governador, que as próximas reuniões com os representantes do grupo serão de cunho técnico com as secretarias envolvidas.

Paco Britto falou sobre as parcerias potenciais para o Distrito Federal aos presentes, salientando que a principal “bandeira do governador Ibaneis é a segurança jurídica. O investimento retornará no que foi contratado”. Na sequência, o diretor alemão garantiu que o KfW é o “banco público mais seguro do mundo, para implementar políticas públicas do Estado”.

Participaram do encontro as secretarias de Relações Internacionais (SRI); de Meio Ambiente (Sema); de Transporte e Mobilidade (Semob); de Projetos Especiais (Sepe), de Desenvolvimento Econômico (SDE); da Fazenda (Sefp); Companhia Energética de Brasília (CEB); Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap).

Projetos

O governo iniciou, em 2018, negociações com a KfW para que um empréstimo de R$ 250 milhões seja concedido para a realização de reformas em estações de tratamento de esgoto da Caesb. O banco tem como foco a redução do efeito estufa, já que se trata de uma instituição que tem uma “responsabilidade especial” voltada para o meio ambiente e o clima. Em 2012, 40% do volume de financiamento foi direcionado para esta área.

Presente ao encontro, o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, lembrou que tudo que se faz na capital federal reflete em todo país. “Brasília está preparada”, disse, referindo-se à consolidação da apresentação dos projetos de cunho socioambiental. “Temos interesse na doação [por meio do banco], sintetizou o secretário.

O representante da Secretaria de Projetos Especiais apresentou o projeto que discorre sobre uma extensão de 26 quilômetros da via Transbrasília, através do enterramento do conjunto de linhas aéreas de alta tensão, que atravessam a região sudoeste do DF, e beneficiarão várias cidades do DF, além de oportunizar a geração de 20 mil empregos diretos durante a implantação e 80 mil, durante a operação. O investimento é de R$ 2,4 bilhões.

Também foi apresentado pela Secretaria de Projetos Especiais projetos referentes à questão dos resíduos sólidos, como por exemplo, a recuperação do lixão do Jóquei e aumentar a vida útil do Aterro Sanitário de Samambaia. Estão previstos seis projetos nesse sentido, para os próximos meses. Já o diretor-presidente da CEB, Edson Garcia, falou, entre outros assuntos, sobre a produção de energia, a partir de biomassa, gerando oportunidades como a destinação permanente para os resíduos de podas de árvores no DF e da produção de energia fotovoltaica.

Também buscando financiamento, o secretário de Transporte e Mobilidade, Válter Casimiro, discorreu sobre a implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na Avenida W3 e a ligação com o aeroporto (trem), e, ainda, a parte do sistema BRT Norte, “para desafogar a área de condomínios”, propiciando, com isso, agilidade para o transporte coletivo.

O diretor do KfW se mostrou otimista após as apresentações. “Estou convencido que as soluções estão se confirmando. Gostaria de avançar com a Caesb, onde três quartos da trilha já foram feitas, e, também, o setor de energia e do transporte. As ideias podem ser alinhadas”, finalizou.

KfW

Fundado em 1948, o KfW é controlado pelo governo federal alemão (80%), com 20% de participação dos estados federados. O banco capta os recursos para suas atividades de fomento quase exclusivamente nos mercados de capitais internacionais.

As áreas prioritárias do grupo são o combate às mudanças climáticas; gestão de recursos hídricos e de resíduos sólidos; proteção da biodiversidade; mobilidade sustentável, eficiência energética e energias renováveis.

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