Projeto teatral estimula o grito contra o bullying

Trupe Estupenda comemorara aniversário, com apresentações da peça Nó na Garganta nos teatros do Sesc de Ceilândia, Gama e Taguatinga

 

Alguns querem presentes, outros festas, mas Trupe Estupenda quer comemorar o aniversário levando pessoas ao teatro. O grupo brasiliense volta com a peça Nó na Garganta para discutir o bullying nos Teatros do Sesc de Ceilândia, Gama e Taguatinga, a partir de hoje, e até o final do mês de março.

Há 15 anos se apresentando nos teatros de Brasília a Estupenda Trupe é formada por Alana Ferrigno, Carlos Valença, Luciana Amaral, Roberta Rangel e Tiago Nery%u200B. O grupo de artistas e arte-educadores trabalha em difundir técnicas de Teatro do Oprimido, modelo de teatro com temática social e participação do público que tem o brasileiro Augusto Boal como pioneiro.

“Mais do que nunca queremos que o projeto reverbere e que as pessoas lotem a sala para assistir uma mensagem tão importante”, afirma o ator e produtor cultural Carlos Valença. O espetáculo tem foco mais específico em violência nas escolas, vem com nova roupagem e terá excursão de alunos de escolas públicas do DF para a difusão da premissa de que o bullying é um problema sério. Deve ser combatido com um trabalho nas escolas, visando melhorar o ambiente para que não seja nocivo psicológica e emocionalmente para os alunos.

“Queremos que a peça seja um grito, que coloque essas pessoas que sofrem bullying para falar, que dê voz a esse problema e possa fazer com que o assunto tão importante e denso seja discutido”, diz a atriz, que faz parte do elenco das novas apresentações ao lado de Luciana Amaral e Carlos Valença.

A arte como ferramenta conscientizadora e socializadora é a principal forma que a Estupenda Trupe se utiliza do poder do teatro e do espaço que possuem do palco. Conseguindo apresentar o espetáculo gratuitamente graças a um edital do FAC, o grupo se entristece com o menor investimento governamental na arte, mas não abaixa cabeça e pretende continuar produzindo “Nosso trabalho hoje tem que ser dobrado, ocupar novos espaços, buscar novos públicos e patrocinadores para continuar difundindo a arte”, enfatiza o ator da peça: “Na nossa profissão questionar e denunciar é muito importante, mas também devemos poetizar da nossa forma as situações para que elas tenham um novo alcance”.

Aproximação da arte

Em 2013, a partir da ideia de usar o teatro como forma de ressocialização o grupo criou o projeto Tear (Troca de Experiências Artísticas e Reinserção). Os membros do grupo usam técnicas do Teatro do Oprimido em Unidades de internação de menores infratores, tendo passado por Planaltina e São Sebastião. Os estudos e experiências com jovens também motivaram o grupo a escrever o espetáculo que volta aos teatros do entorno de Brasília.

or serem arte educadores e fascinados pelo Teatro do Oprimido, os membros da Estupenda Trupe usam de iniciativas como Nó na garganta para alunos de escolas públicas e o Tear para gerar a aproximação a arte de pessoas que não teriam tantas oportunidades. “Acreditamos que todo ser humano é capaz de gostar, discutir e produzir arte”, fala Carlos Valença.

Nó na garganta

O evento tem entrada gratuita, com apresentações (hoje, dia 10 de março), às 9h30 e às 15h30 e 9h30, no dia 11 de março, sempre no Sesc da Ceilândia (QNN 27, lt. B). Também às 9h30 e 15h30, no dia 17, eàs 9h30 no dia 18 no Sesc do Gama (QI 1 lts. 620, 640, 660 e 680) e às 9h30 e 15h30, no dia 26, e às 20h no dia 27 no Sesc de Taguatinga (CNB 12, AE 2/3). Classificação indicativa livre.

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