Programa de inclusão de jovens no mercado de trabalho poderá durar até um ano, diz Guedes

“Você vai ser treinado para desempenhar um papel que depois será o seu emprego”, declarou o ministro

 

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta quarta-feira (26) que o programa social em elaboração para inclusão de jovens no mercado de trabalho deverá prever contratos de qualificação profissional de até um ano. Por isso, a equipe econômica busca recursos no Orçamento que possam bancar a iniciativa também a partir de 2022, e não apenas em 2021, quando, segundo o ministro, já há verba para lançar o programa.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Guedes disse que o projeto prevê a criação do BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e do BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação). “No BIP, o governo dá um bônus para um jovem pegar um programa de treinamento dentro da empresa, para entrar no sistema produtivo. O governo dá um dinheiro para ele se manter e a empresa também paga um pedaço, que vai chamar BIQ. É um ganha-ganha. Isso não tem encargo, não tem nada. O valor do bônus pago pelo governo deve ficar entre R$ 250 e R$ 300, possivelmente R$ 300. A ideia é que a empresa entre com um valor equivalente”, disse o ministro, em entrevista exclusiva.

Nesta quarta, durante a apresentação dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes ao comportamento do mercado formal de trabalho em abril, Guedes declarou que o programa voltado à inclusão trabalhista deverá permitir o pagamento do bônus por um ano. “Você vai ser treinado para desempenhar um papel que depois será o seu emprego. Queremos que seja um contrato de um ano. Temos recursos para esse ano [2021]”, declarou o ministro.

Como o plano do ministro de conceder um pagamento aos jovens que hoje não estudam e não trabalham (os chamados “nem-nem”) em um novo programa de incentivo à qualificação profissional prevê uma quantia a ser arcada por empresas, o valor recebido pela pessoa pode chegar a R$ 600.

Com os dois pagamentos, o programa permitiria ao jovem receber o equivalente ao salário mínimo por hora -o que, na visão do governo, eliminaria problemas jurídicos sobre valores abaixo do permitido. O jovem teria durante o programa um vínculo especial com a empresa, dentro de um regime de treinamento. Também haveria um período máximo de duração, que inicialmente foi desenhado para ser de até quatro meses.

As informações são da Folhapress

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