Oito cidades concentram 25% das riquezas do Brasil, afirma IBGE

Somente São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) foram responsáveis por quase um quinto (19,4%) da produção de bens e serviços em 2017

 

 

As cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Osasco (SP), Porto Alegre (RS) e Manaus (AM) foram responsáveis por pouco mais de um quarto (25,5%) de todos os bens e serviços produzidos no Brasil em 2017. Em 2002, eram apenas quatro os municípios que concentravam cerca de 25% da economia nacional.

O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (13), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que apenas a capital paulista respondeu por 10,62% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

Na sequência, aparecem o Rio e Brasília, cujas riquezas somaram, respectivamente, 5,1% e 3,7%. As produções nos outros cinco municípios que lideram o ranking figuram entre 1,1% e 1,3%.

Na contramão, os 1.324 municípios de menores riquezas responderam, em 2017, por cerca de 1% do PIB nacional. Apesar da baixa participação na economia, os integrantes da lista representam cerca de 50% das produções nos Estados do Piauí (157), Paraíba (133), Rio Grande do Norte (78) e Tocantins (68).

De acordo com o estudo, as 10 maiores concentrações urbanas brasileiras representavam cerca de 43% do PIB há dois anos, o que aponta para a manutenção do agrupamento das maiores parcelas de riqueza em poucos municípios.

Entre as 10 cidades que apresentaram, em 2017, maior densidade econômica no país, sete estavam na grande concentração urbana de São Paulo (SP), com destaque para Osasco, com mais de R$ 1 bilhão por km². A cidade, localizada na grande São Paulo, é também a única não capital entre as 10 maiores riquezas municipais de 2017.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, cada quilômetro quadrado produziu R$ 159.230 e R$ 83.769, respectivamente. Entre as concentrações urbanas, a desigualdade espacial, apesar de menor, ainda é notável.

A desigualdade regional fica ainda mais evidente quando são colocados lado a lado o Semiárido, a Amazônia Legal e a região metropolitana de São Paulo. Enquanto o Semiárido representou apenas 5,2% do PIB nacional e a Amazônia Legal, 8,7%, a região da capital paulista foi responsável por 24,6% dos bens e serviços produzidos no período.

Variação

Segundo o IBGE, os municípios com maiores ganhos em valor absoluto na passagem de 2016 para 2017 foram Maricá (RJ), Parauapebas (PA), Ribeirão Preto (SP), Niterói (RJ) e Goiana (PE), todos eles com acréscimo de 0,1 ponto percentual no resultado.

Enquanto as participações de Maricá e Niterói foram impulsionadas pela extração de petróleo e aumento no preço do produto em 2017, Ribeirão Preto contou com o auxílio das Indústrias de transformação e do comércio de reparação de veículos automotores e motocicletas. Para Goiana, foi determinante o aumento da produção da indústria automobilística.

Por outro lado, os cinco maiores tombos de participação no PIB de 2017 foram verificados em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP), Belo Horizonte (MG) e Betim (MG). Na capital paulista, foi determinante a redução das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados.

Na Cidade Maravilhosa e em BH, a queda foi impactada pelo desempenho da construção civil no período. Em São José dos Campos, a diferença negativa de participação esteve atrelada ás indústrias e, em Betim, o resultado menor foi causado guiado pelo refino do petróleo, cuja matéria prima ficou mais cara.

Na passagem de 2002 para 2017, o município de Alto Horizonte (GO) obteve o maior ganho de posição e foi guiado pelo desenvolvimento da indústria de extração de minerais metálicos não ferrosos. As maiores quedas de posição, por sua vez, ocorreram em Motuca e Rubiácea, cidades paulistas com economia predominantemente agrícola.

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