O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lançou hoje no Palácio do Planalto o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. A intenção do Ministério da Educação é que o Brasil conte com até 216 escolas de educação básica funcionando pelo sistema em todos os estados até 2023. Segundo o governo, a iniciativa melhorará a qualidade do ensino com maior vínculo entre pais, alunos, gestores e professores.
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou que militares da reserva poderão atuar nas áreas de supervisão, administração e atividades de aprendizado nas escolas.
O secretário de Educação Básica, Janio Carlos Endo Macedo, disse que não haverá substituição de professores nem demais membros do corpo docente e o programa “nasce do pluralismo de ideais”.
“Não cabe ao estado desenvolver somente um método de ensino”, disse. Para o secretário, o sistema ajudará no combate à desigualdade de oportunidades e à violência.
Na prática, os militares ficarão responsáveis por aprimorar a infraestrutura e a organização de recursos nas instituições de ensino e por fortalecer “valores humanos, éticos e morais”, além de “promover a sensação de pertencimento no ambiente escolar”.
O Distrito Federal é uma das primeiras unidades federativas a aderir ao programa. Em discurso, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou querer que 10% das escolas no país estejam no programa até o final de 2022, quando termina o atual mandato de Jair Bolsonaro.