Número de mamografias realizadas pelo SUS cai 47% de 2019 para 2020

Foram 998.542 exames a menos entre um ano e outro. Ministério da Saúde relaciona queda com pandemia de covid-19

 

O número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caiu 47% em comparação com o mesmo período do ano de 2019. De janeiro a julho do ano passado, 2.130.779 de exames foram realizados. Já este ano, no mesmo período, 1.132.237 de mamografias foram feitas pelo SUS. Foram 998.542 procedimentos a menos entre um ano e outro. Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (7/10) durante o lançamento da campanha Outubro Rosa 2020.

O órgão relaciona a queda com a pandemia de covid-19. “A redução está relacionada com a interrupção de rastreamento organizado da rede, até por orientação da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), que na época orientou isso. Cerca de 41% dos países reportaram interrupção de programas de rastreamento. A orientação de ficar em casa dificultou bastante o acesso ao exames para diagnóstico do câncer de mama”, afirmou a diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde, Maira Botelho.

O secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte, chamou a queda de “desnível temporário” e acredita que o governo vai atingir a meta anual. “Com certeza, com a política bem formada e utilizando a informação, poderemos suplementar esse desnível temporário”, disse.

Franco também salientou que, “em nenhum momento, os nossos hospitais e institutos fecharam as portas. Talvez o efeito de uma estratégia do passado, do ‘fique em casa’, possa ter prejudicado esse acesso que hoje estamos externando nesses dados”.

Segunda onda

Para o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a redução das mamografias em 2020 reflete o cenário geral dos atendimentos médicos. O general classificou o represamento de exames como a segunda onda da pandemia de covid-19. “Este represamento de exames e a nova ação que temos que fazer para dar vazão a esses atendimentos é a segunda onda da pandemia. A segunda onda não é o repique da pandemia, mas, sim, as doenças e tratamentos que foram interrompidos”, declarou.

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