Mulheres do DF e Entorno protestam no SCS pelo fim do feminicídio

Protesto começou na Praça Marielle Franco, no Setor Comercial Sul (SCS), saída do metrô. Grupo pede distanciamento e uso de álcool em gel

 

Um grupo de mulheres faz protesto pelo fim do feminicídio na tarde desta sexta-feira (15/10), na Praça Marielle Franco. O ato começou às 16h30 na saída do metrô, no Setor Comercial Sul (SCS) e é capitaneado pela organização Levante Feminista.

A manifestação faz parte da Campanha Nacional contra os Feminicídios no Brasil. “Pelo fim do feminicídio, pela vida de todas as mulheres e pela dignidade menstrual! Fora Bolsonaro!”, diz o comunicado.

O Distrito Federal registrou 17 vítimas de feminicídio, o que representa cerca de 64% das mulheres assassinadas de janeiro até 1º de julho. Outras nove mortes de mulheres não foram em decorrência de gênero. O índice deste ano é o maior da série histórica desde 2015, de acordo com o balanço da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).

O segundo maior índice registrado se deu em 2018, quando 57% das mortes de mulheres foram tipificadas como feminicídios. O meio mais empregado pelos autores nos feminicídios consumados no DF foi a arma branca, com percentual de 47,1%. A arma de fogo aparece em seguida, com 23%; asfixia, com 17%; objeto contundente, com 5%; e agressão física, com 5%.

“Isso faz parte da dinâmica da violência. Como as agressões acontecem, normalmente, em casa, os ex-companheiros ou atuais utilizam as armas mais acessíveis, como a faca. Pesquisas nacionais e internacionais apontam que, apesar de a arma de fogo estar associada a boa parte dos crimes violentos, no caso dos feminicídios, as armas brancas são as mais utilizadas”, explicou Fabrício Lemes Guimarães, psicólogo e especialista em violência.

Das 17 vítimas do crime, 47,1% delas tinham de 30 a 49 anos, seguido pelas mulheres de 40 a 49 anos (29,4%) e mais de 50 anos e jovens de 18 a 29 anos (11,8%). Em relação aos autores, os índices têm semelhanças: 30 a 49 anos (47,1%); 40 a 49 anos (35,3%); e 18 a 29 anos (17,65%).

Neste ano, as regiões administrativas que registraram feminicídio foram Sobradinho (3), Paranoá (3), Samambaia (2), Ceilândia (2), Planaltina (1), Santa Maria (1), São Sebastião (1), Sobradinho 2 (1), Taguatinga (1), Estrutural (1) e Itapoã (1).

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