Minas Gerais estima vacinar 40% da população até julho deste ano

Idosos, professores, pessoas com doenças e caminhoneiros são alguns dos próximos grupos previstos pela Secretaria de Saúde

 

 

A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) estima vacinar ao menos 40% da população mineira contra a covid-19 até o mês de julho deste ano. O percentual representa quase 8,5 milhões de moradores, segundo projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A previsão foi feita pela coordenadora de imunização do Governo Estadual, Josiane Dias Gusmão, nesta quinta-feira (18) – um dia antes do Estado completar um mês da campanha de vacinação.

Josiane avaliou que será possível alcançar o percentual caso o Ministério da Saúde consiga entregar todas as 230 milhões de doses prometidas aos governadores durante reunião nesta terça-feira (17).

A quantidade exata para cada região ainda não foi confirmada. Josiane, no entanto, calcula que se não houver alterações no cronograma já apresentado pelo Governo Federal, Minas Gerais vai receber aproximadamente 20 milhões de unidades.

— Estamos esperançosos em imunizar muito mais pessoas com estas vacinas que o Ministério da Saúde sinalizou. Com isto, há uma grande expectativa de que tenhamos uma redução na circulação do vírus, no número de internados e no de óbitos. É uma resposta que a população aguardava.

As estimativas levam em consideração os medicamentos produzidos pelo Instituto Butantan e pela FioCruz, já autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além do imunizante russo Sputnik e do indiano Covaxin, que ainda vão ser avaliados pela agência reguladora.

Próximos vacinados

A escolha dos moradores que serão vacinados nos próximos meses vai obedecer uma ordem já definida pelo Ministério da Saúde.

A lista inclui todos os idosos, professores, caminhoneiros, detentos, carcerários, adultos com doenças crônicas, pessoas com deficiência e outros grupos prioritários.

Até o momento o Estado recebeu 1,1 milhões de doses, o que permitiu convocar para vacinação as pessoas com mais de 60 anos que moram em asilos, pessoas com deficiência institucionalizadas, população indígena aldeada e 73% dos trabalhadores da saúde.

Josiane Gusmão avalia que no melhor cenário, caso os laboratórios cumpram a produção negociada com o Ministério da Saúde, até o fim de março será possível incluir os demais funcionários da saúde e os grupos formados por idosos com idades entre 85 e 89, idosos com idades entre 80 e 84 anos e as pessoas de 75 a 79 anos.

Ainda pensando em um cenário otimista, com todas as entregas de vacinas prometidas, os seguintes grupos devem entrar na fila em abril:

• Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
• Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
• Pessoas com idades entre 70 e 74 anos;
• Pessoas com idades entre 65 a 69 anos;
• Pessoas com idades entre 60 a 64 anos.

Para os demais três meses, a lista deve seguir na seguinte ordem:

• Pessoas com idades entre 18 e 59 anos com comorbidades;
• Pessoas com deficiências permanentes;
• Pessoas em situação de rua;
• População privada de liberdade;
• Funcionários do sistema de privação de liberdade;
• Trabalhadores da educação do ensino básico;
• Trabalhadores da educação do ensino superior;
• Forças de segurança e salvamento;
• Forças armadas;
• Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros;
• Trabalhadores do transporte de metroviário e ferroviário;
• Trabalhadores do transporte aéreo;
• Trabalhadores do transporte aquaviário;
• Caminhoneiros;
• Trabalhadores portuários;
• Trabalhadores industriais;

Para as demais camadas da população não há previsão, uma vez que os lotes anunciados pelo Governo Federal preveem datas apenas até meados deste ano.

Variações

As datas podem sofrer alterações. Segundo a representante do setor de imunização, os municípios podem adiantar a lista caso a quantidade recebida por cada um deles seja suficiente para atender todos os membros dos grupos anteriores e ainda sobre doses.

O fato já aconteceu em Belo Horizonte. Enquanto a ordem oficial do Estado prevê que o grupo vacinado vá até a faixa etária de 90 anos, a capital mineira já convocou os idosos com idades a partir de 86 anos.

— Os lotes são distribuídos com base em estimativas do tamanho de cada grupo prioritário e esta projeção pode ser diferente da realidade. No entanto, nós chamamos atenção para que não sejam convocados grupos não elencados para que não falte vacinas nos municípios, como temos visto em algumas cidades pelo país.

Da mesma forma, a representante do Governo Estadual prevê que o processo pode ter atrasos caso os laboratórios não consigam entregar o material prometido pelo Ministério da Saúde.

Já para a próxima semana há a previsão de chegada de mais um lote de vacinas em Minas Gerais. Segundo Josiane, o tamanho da carga ainda não foi confirmado.

Veja como anda a vacinação pelos Estados brasileiros e no Distrito Federal:

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