Medo do TAF? Aprenda a ser competitivo nas provas físicas da PCDF

Profissional orienta como se preparar para o TAF, etapa eliminatória que tira muitos candidatos da disputa

 

As provas de capacidade física – ou Testes de Aptidão Física (TAF) –, comuns em todos os concursos da área de segurança pública, assustam e eliminam muitos candidatos preparados e sadios. A preparação é bastante específica e precisa de orientação. Com o lançamento do edital para escrivão da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o iminente concurso para agente da corporação, a preocupação dos concurseiros aumenta.

Frequentar academia, praticar corrida ou crossfit e ter um corpo em dia costuma não ser suficiente para tornar o concurseiro competitivo. Segundo o professor Carlos Magno, treinador especializado em concursos público, “um dos maiores desafios é que os candidatos precisam estar muito bem preparados fisicamente e saber executar cada exercício cobrado, que são bem diferentes dos que se costumam fazer”.

Treinador Kito, como é conhecido, prepara candidatos desde 1994 e garante que a vantagem de quem tem uma rotina ativa é ter um bom condicionamento físico. Ainda assim, “se ficar apenas nessa modalidade, pode passar aperto ou até ser reprovado no teste pela falta de execução correta”.

Ao contrário do que muitos candidatos pensam, não é perda de tempo se dedicar às atividades físicas antes mesmo das primeiras provas. De acordo com o profissional, “as práticas melhoram muito o condicionamento, deixando o corpo mais resistente paras as maratonas de horas de estudos”.

“O cérebro aumenta a capacidade de oxigenação, possibilitando maior absorção das informações e memorização, pois melhora a circulação sanguínea promovida pelo aumento de força e resistência cardíaca”, destaca.

Critérios de avaliação

Só vão para esta etapa os candidatos aprovados nos exames biométricos e na avaliação médica. Ela vale de zero a 100 pontos, e é preciso ter aproveitamento mínimo de 50% em cada teste e 60% na somatória de todos para ser considerado aprovado. Apesar de existir uma pontuação, a etapa é eliminatória e não classificatória. Ou seja, ao final, o veredito será de apto ou inapto.

Todos os candidatos passarão por prova de corrida de 12 minutos, flexão abdominal e meio-sugado. Os homens ainda fazem teste dinâmico de barra e as mulheres, teste estático de barra. Para ser avaliado, é preciso ter um atestado médico indicando aptidão e estar com roupa apropriada para prática da atividade.

Limitações físicas ou psicológicas temporárias que interfiram na realização das provas, como fraturas, cãibras, contusões, luxações, indisposições ou estado menstrual não serão levadas em consideração. Ao final, todos passam por coleta de urina para realização de exame toxicológico.

A avaliação de todos os candidatos será gravada pela banca organizadora, e os candidatos podem solicitar os vídeos para elaboração de recursos. Esta é a primeira vez que isso ocorre, pois a exigência passou a integrar a Lei Geral dos Concursos do DF em julho.

A prova de corrida não será disponibilizada, segundo consta no edital. O material não poderá ser divulgado em nenhuma hipótese, sob pena de eliminação da disputa.

Como se preparar

A pedido da coluna Vaga Garantida, o treinador Kito elaborou três passos para orientar os candidatos que querem começar a preparação. Ele tem a experiência de ter ajudado mais de quatro mil candidatos em provas físicas de concursos.

Passo um

Para quem é sedentário ou iniciante, o primeiro passo é procurar um cardiologista, fazer teste de esforço e eletrocardiograma para ter certeza de que não há problemas cardíacos ou circulatórios que possam apresentar ou causar uma situação mais séria antes de qualquer prática física.

Passo dois

Se houver dor nas articulações, como pulso, cotovelos, ombros, tornozelo, joelhos ou quadril, procurar um ortopedista para checar se há risco de lesões com o treinamento. Essa consulta é importante porque, se algum problema for diagnosticado, o candidato pode ser eliminado do concurso.

Passo três

Após ter as liberações médicas, buscar orientação especializada para saber como proceder em cada exercício do teste, que tem uma lista extensa de proibições. Dessa maneira, todo o treinamento será direcionado para capacitar o candidato ao condicionamento físico e à execução correta.

Evolução

Antes das provas objetivas, a orientação é praticar exercícios três vezes por semana, com duração de 30 minutos a uma hora. Assim, a evolução começará ser percebida após um mês. Depois das provas, a dedicação deve ser maior e o ritmo acelerado, passando de três a cinco vezes por semana, pelo menos uma hora por dia.

Estar atento às dores também é indício importante para saber se o plano está sendo seguido corretamente. “Nesse período, o corpo está ainda se adaptando e as dores decorrentes das atividades serão um pequeno incômodo. As dores tardias são sinais de que a atividade estimulou bem a musculatura, mas as dores intensas são um sinal de alerta. Os estímulos devem ser graduais, para evitar lesões que podem interromper o período de treino”, explica o treinador.

A orientação se justifica exatamente em reduzir a tendência de danos à musculatura, às articulações e aos ossos. Kito exemplifica os prejuízos potenciais. “Em determinados casos, as lesões que levam dias ou semanas para serem recuperadas causam uma perda de 30% a 50% do ganho de condicionamento.”

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